O pastor Ramón Rigal, junto com sua esposa Ayda Exposito, foram presos em abril do ano passado pelo regime comunista de Cuba por educarem seus filhos em casa.
O casal tinha medo do ensino socialista e ateísta da escola oferecida pelo governo, e resolveu que seus filhos estudariam em casa em 2017, através do sistema de ensino online oferecido pela Guatemala.
Esse sistema de ensino desenvolvido pela Escola Internacional Hebron é de orientação cristã e o seu programa é oferecido gratuitamente, atraindo pessoas que desejam uma educação fundamentada nos valores cristãos.
O pastor e a sua esposa foram acusados de “atos contra o desenvolvimento normal de um menor” e suposta associação ilícita, uma vez que a igreja deles não é considerada legalizada pelo governo.
Em países como Cuba e China, regidos pela ideologia comunista, apenas igrejas registradas pelo governo são consideradas “legais”. Ocorre que, na prática, essa é uma forma desses regimes exercerem maior controle sobre a liberdade de culto em tais regiões.
Enquanto os pastores estiveram na prisão, seus filhos ficaram sozinhos em casa e sem educação. Finalmente eles foram libertos e se juntaram a seus filhos, segundo a Comissão dos Estados Unidos para a Liberdade Religiosa Internacional (USCIRF).
“Enquanto celebramos a libertação do pastor Rigal e estamos felizes por ele se reunir novamente com sua família, não foi a primeira vez que o pastor Rigal e sua esposa foram presos por suas crenças religiosas”, disse o comissário do USCIRF, James Carr.
“O governo cubano deve interromper imediatamente o assédio a esse casal e permitir que todos os pais cubanos, incluindo os Rigals, criem seus filhos de acordo com sua própria fé”, destacou.
Enquanto isso alguns jornalistas independentes, que denunciam a liberdade religiosa, sofrem perseguição por ‘desobediência’. Um deles ainda se encontra preso, Roberto Jesús Quinones Haces. Ele foi detido ao cobrir a prisão do casal.
“A USCIRF pede mais uma vez a libertação imediata de Jesus Quinones Haces e o fim do assédio a jornalistas independentes que denunciam violações à liberdade religiosa”, disse o vice-presidente da USCIRF, Anurim Bhargava.
Alcançar a liberdade religiosa ainda tem sido algo muito doloroso, pois o cristianismo é visto como uma ameaça ao regime comunista em países como Cuba, uma vez que tem como um dos seus fundamentos a liberdade de consciência humana.