A perseguição religiosa aos cristãos em Cuba continua existindo e chamando atenção das comunidades cristãs que residem no país. Controlado pelo regime comunista, a Ilha recentemente censurou pastores que tentaram transmitir a mensagem do Evangelho durante a Páscoa.
Inicialmente os pastores ficaram felizes por terem sido convidados para gravar uma mensagem sobre a Páscoa para ser transmitida pelo Instituto Cubano de Rádio e Televisão (ICRT).
“Esta é a primeira vez que esse tipo de convite acontece desde o início da Revolução, em 1959”, comentou na ocasião o pastor Noel Nieto, da Liga Evangélica de Cuba.
Entretanto, no dia da transmissão das mensagens, apenas o pastor Antonio Santana discursou. O fato estranho rapidamente se tornou compreensível por um motivo suspeito: Santana é presidente do Conselho de Igrejas de Cuba (CIC), informou o JM Notícia.
O CIC é um Conselho considerado aliado do regime de Cuba, o que pode explicar o motivo da censura sofrida pelos demais pastores, já que há uma resistência natural da ideologia comunista contra os valores cristãos.
Pastor condenado por ensinar os filhos
Em outra ocasião, um pastor evangélico chamado Ramon Rigal, dirigente da Iglesia de Dios en Cristo, foi condenado por ensinar os filhos dentro da própria casa, e não na escola tradicional de Cuba.
O pastor Rigal e a sua esposa sabem que a doutrinação ideológica nas escolas de Cuba é uma realidade, por isso não quiseram matricular os filhos no sistema público. Em vez disso eles optaram pelo homeschooling, o que foi visto como uma violação.
Como resultado, o pastor foi condenado ao trabalho forçado no país.
“O trabalho de prisão correcional é uma forma de castigo físico forçado, na qual o Estado tipicamente escolhe os locais e as condições de trabalho”, comentou o pastor Mario F. Barroso, ligado ao Instituto Patmos.
“As pessoas condenadas a essa penalidade são levadas a uma fazenda ou algum lugar desse tipo, e acredite, o trabalho que os condenados realizam ali não é nada leve”, acrescentou, conforme notícia do Gospel Mais.