Uma igreja situada em La Palma, no Noroeste de Cuba, se tornou mais uma vítima da ditadura controlada pelo comunismo vigente no país do falecido ditador Fidel Castro. Mesmo existindo há 30 anos como instituição religiosa, o governo determinou o fechamento da denominação.
Segundo informações da organização de vigilância religiosa Portas Abertas, policiais foram enviados para dar a ordem de fechamento da igreja. Eles chegaram a ameaçar os pastores locais, caso não obedecessem a determinação do regime.
Nas dependências da igreja também existe uma casa pastoral, o que significa que o pastor da denominação ficará sem ter onde morar a partir de agora. A alegação dos agentes do comunismo é de que o governo construirá casas populares no terreno da denominação, a fim de abrigar mães solteiras com pelo menos três filhos.
Perseguição religiosa
As justificativas apresentadas pelo regime cubano não são novidade, tendo em vista que a perseguição religiosa aos cristãos no país ocorre mediante narrativas de cunho político-ideológico e social.
Ocupando a 37° posição na lista mundial dos países que mais perseguem cristãos, Cuba promove uma dura repressão aos críticos do comunismo. Como líderes cristãos prezam pela liberdade de pensamento, eles costumam ser alvos do regime ditatorial esquerdista.
“O governo reage duramente contra vozes opositoras e manifestantes, então, quando líderes de igrejas ou ativistas cristãos criticam o regime, enfrentam prisão, fechamento de igrejas ou negócios e assédio do governo e de seus simpatizantes”, diz a Portas Abertas.
Para negar a perseguição, o regime cubano utiliza métodos semelhantes aos de outras ditaduras, como a chinesa, exigindo a submissão das igrejas ao controle estatal. Dessa forma, as que não aceitam “se curvar” ao governo acabam sofrendo diversas punições e alegações, como da suposta “clandestinidade”. A denominação de La Palma é um exemplo.
“O registro para novas igrejas com frequência é negado, já que as autoridades querem controlar e limitar a influência da igreja — forçando muitas igrejas a operarem ilegalmente”, explica a Portas Abertas.
“Isso leva à imposição de penalidades, como a recusa completa para emissão das licenças, multas pesadas, confisco de propriedades ou até mesmo demolição ou fechamento de igrejas, incluindo igrejas domésticas”, conclui a organização.