A tragédia ocorrida em Brumadinho, com o rompimento de mais uma barragem da Vale em 25 de janeiro passado, continua causando sofrimento e comoção ao Brasil. Visando amenizar a dor das pessoas que perderam amigos e parentes, várias igrejas evangélicas tiveram a iniciativa de prestar auxílio às vítimas, oferecendo seus templos como espaços para a defesa civil do município, algo que não passou despercebido pelo governo.
A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, por exemplo, esteve em Brumadinho recentemente para avaliar medidas do governo e cobrar responsabilidade da Vale pela tragédia. Na prefeitura do município, a ministra também destacou o papel das igrejas e pediu atenção para os templos religiosos, de todas às religiões.
“Estamos sendo duros com a Vale, que isso fique bem claro”, disse Damares. “O governo federal está acompanhando de perto e esse ministério vai acompanhar os desdobramentos e as cobranças serão feitas”.
Maria da Conceição Lima dos Santos, presidente do Conselho de Pastores Evangélicos de Brumadinho, explicou como tem sido a atuação das igrejas locais, não apenas no âmbito social, mas também espiritual, prestando suporte aos familiares das vítimas.
“O apoio das igrejas tem sido amplo, além de ações sociais com arrecadações de roupas, remédios e água, há um grande envolvimento de apoio espiritual, com visitas a casas e orações”, disse ela.
Damares Alves também lembrou das comunidades indígenas atingidas pela tragédia, especificamente os pataxós. Ela, que possui histórico de defesa dos direitos humanos da população indígena, disse que essa população não será esquecida.
“Foi um momento de muita emoção o encontro com os membros das comunidades quilombolas e com o povo indígena pataxó, que foram alcançados com o rompimento da barragem”, destacou Damares, segundo informações do UOL.
“Vamos acompanhar as iniciativas de acolhimento e reparação de danos aos povos tradicionais, vítimas da tragédia. Não houve vítimas fatais, porém, os indígenas estão sendo afetados, considerando que o rio foi contaminado e eles dependem dele para sobreviver”, conclui a ministra.