O deputado estadual Antonio Vaz (Republicanos) quer implementar uma medida que sem dúvida deverá ser motivo de críticas por parte da mídia tradicional. Isso porque, ele criou um projeto de lei que visa tornar obrigatória a inclusão de exemplares da Bíblia Sagrada nas escolas do seu estado, o Mato Grosso do Sul.
Segundo o parlamentar, que também é pastor da igreja Universal do Reino de Deus, a proposta tem por objetivo refletir a crença da maioria da população, que segundo o seu texto é 80% cristã.
Antonio Vaz também argumenta que a Bíblia não é apenas um livro religioso, mas também histórico, carregado de cultura e conhecimentos diversos, além do literário.
“O presente projeto encontra respaldo no fato que a Cultura Ocidental baseia-se na moral cristã, de origem milenar e seu instrumento religioso, a Bíblia Sagrada, constitui livro histórico da humanidade, servindo para estudos complementares sobre a época descrita”, diz um trecho da sua justificativa.
Em sua defesa do projeto, o deputado também argumenta que a Bíblia é utilizada como referência por pessoas de outras religiões, e que, se a provada, a lei não impedirá a expressão de outras crenças.
“Mais de 80% da população brasileira que se considera cristã”, diz o parlamentar, apontando que os cristãos seguem os ensinamentos e valores da Bíblia, de modo que “a disponibilização de exemplares da Bíblia nas escolas não agride o Estado Laico, mas sim, caracteriza-se como forma de expressão religiosa como qualquer outra possível”.
A proposta do deputado Antonio Vaz segue o exemplo de outras medidas semelhantes já noticiadas pelo Gospel Mais. No município de Xangri-Lá, por exemplo, situado no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, foi aprovada uma lei em 2020 tornando obrigatória a leitura da Bíblia nas escolas públicas da região.
O vereador Valdir Roxo (MDB), presidente da Câmara municipal, justificou a medida dizendo se tratar de uma ação que visa valorizar os “princípios” comuns entre os diferentes segmentos da população, como o da justiça social e amor ao próximo, por exemplo.
“A intenção do parlamento não é obrigar que seja na marra, mas que voltasse a princípios que tínhamos antigamente, como cantar o hino nacional, rezar um Pai Nosso”, explicou o vereador.
Quanto à proposta do deputado Vaz, se aprovada na Assembleia Legislativa, ela seguirá para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR). Veja a íntegra do projeto de lei, aqui.