Um dos principais nomes do Partido Republicano para a candidatura à presidência dos Estados Unidos, o ex-governador do Texas Rick Perry, anunciou que desistiu da disputa por ter entendido que essa não era a vontade de Deus.
Na última sexta-feira, 11 de setembro, Perry concedeu uma entrevista coletiva e revelou que, mesmo sem compreender os propósitos divinos, estava cumprindo o que Deus havia determinado, da maneira como se comprometeu a fazer na ocasião em que se converteu ao Evangelho.
“Quando eu entreguei minha vida a Cristo, eu disse ‘os Teus caminhos são maiores do que os meus, a Tua vontade superior à minha’. Hoje eu admito que a Sua vontade continuará sendo um mistério, mas algumas coisas ficaram claras. É por isso que hoje eu estou suspendendo a minha campanha para a presidência dos Estados Unidos”, afirmou Perry, de acordo com informações do Think Progress.
O cenário político atual dos Estados Unidos mostra que, dentre os Republicanos, o candidato deverá ser mesmo o polêmico bilionário Donald Trump, que dentre outras afirmações controversas, referiu-se aos vizinhos mexicanos como “ladrões, estupradores”, e prometeu uma postura ainda mais severa em relação aos imigrantes.
Sobre isso, Perry usou um tom crítico, mas polido: “Nós podemos reforçar a fronteira e reformar o nosso sistema de imigração sem retórica inflamada, sem apelos rasteiros que nos dividem com base em raça, cultura e credo… menosprezar o povo de descendência hispânica não é só ignorante, como também trai o exemplo de Cristo. Nós podemos garantir o respeito de nossas leis e fronteiras, e nós podemos amar a todos os que vivem dentro das nossas fronteiras sem trair os nossos valores”, afirmou.
As eleições presidenciais de 2016 começam a se desenhar uma grande incógnita. A sucessão de Barack Obama deverá ter Trump contra a democrata Hillary Clinton, ex-primeira-dama, ex-senadora e ex-secretária de Estado. No entanto, Hillary enfrenta uma grave crise em sua campanha pois investigações mostraram que ela comprometeu a segurança do país ao usar seu e-mail pessoal enquanto era secretária de Estado.
O escândalo obrigou-a a reconhecer o erro – embora não tenha existido nenhuma consequência mais séria – e desculpar-se com a população do país. Ao mesmo tempo, a popularidade de Trump vem subindo entre os eleitores, o que torna o ambiente político propenso a maiores extremismos de ambas as partes.