Após viralizar no último final de semana, a música “Evangelho de Fariseus”, da cantora Aymeê Rocha, continua gerando debates nas redes socais, não apenas entre internautas de modo geral, mas também entre lideranças evangélicas e teólogos reconhecidos no meio cristão, como Gutierres Siqueira, que saiu em defesa da canção.
Por meio do seu perfil no Instagram, Siqueira fez uma publicação lembrando que o profeta Amós, cuja história está registrada no Antigo Testamento, da Bíblia sagrada, também denunciou os desvios do culto a Deus em sua geração.
“Amós denunciou o culto como entretenimento enquanto Israel desprezava os pobres (2:6-7; 5:21-24). Não era lacração nem ódio ao povo de Deus, mas era, pelo contrário, o impulso profético diante da inércia de Israel”, comentou o teólogo.
Siqueira não fez referência direta à música de Aymeê, mas seus seguidores entenderam rapidamente que a sua postagem trata da repercussão sobre a letra de Evangelho de Fariseus. “Essa música serviu para pelo menos uma coisa: Trazer à tona o que há no coração de muitos crentes”, reagiu um seguidor no Instagram.
“Nem sempre é agradável ouvir a mensagem de alguns boiadeiros, mas Deus fala contra o nosso próprio ego. Quem têm ouvidos, ouça!”, ressalta o escritor, autor de seis livros pelas editoras CPAD, Thomas Nelson Brasil, Mundo Cristão e GodBooks.
Críticas
A música de Aymeê, por outro lado, também despertou a crítica de outros teólogos, como o pastor Tassos Lycurgo, que enxergou um viés ideológico “politicamente correto” por trás da canção.
Quem também reagiu criticamente à letra de Evangelho de Fariseus foi Ciro Sanches Zibordi, que endossou uma observação feita pelo cantor Marcos Sal da Terra ao destacar a importância do mundo evangélico não ser generalizado.
“O Evangelho farisaico existe, mas não devemos colocar tudo no mesmo bojo. Há também uma igreja vigorosa no Brasil (falo com conhecimento de causa), que ama a Palavra de Deus, bem como pratica a evangelização, o discipulado e ações sociais”, observou o teólogo.
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