A cantora Aymeê Rocha quebrou o silêncio e falou ao público sobre o que tem achado da repercussão sobre a sua música Evangelho de Fariseus, que dividiu a opinião do mundo cristão e chamou a atenção do meio secular para os problemas enfrentados na Ilha do Marajó.
A artista de 28 anos se mostrou surpresa pelo crescimento avassalador de seguidores nas redes sociais. Apenas no Instagram, a jovem já acumula quase 2 milhões de fãs, número alcançado em apenas dez dias de sucesso. Anteriormente, ela possuía apenas 2 mil.
“Assustadora, confesso!”, disse ela ao UOL, se referindo à repercussão da sua música. De acordo com a jovem, porém, a fama explosiva é algo que já vinha sendo trabalhado pelo Senhor em sua vida.
“Deus me preparou e capacitou por anos em secreto para o que eu viveria no público. Eu já imaginava a proporção, mas não imaginei que seria em uma velocidade tão rápida”, contou Aymeê.
A música
Na canção Evangelho de Fariseus, Aymeê fala do que acredita ser a mercantilização da fé, assim como da exploração humana na Ilha do Marajó.
“Há um evangelho de fariseus, cada um escolhe os seus e se inflamam na bolha do sistema”, diz a letra. “Ah, enquanto isso, no Marajó, o João desapareceu esperando os ceifeiros da grande seara. A Amazônia queima. Uma criança morre. Os animais se vão superaquecidos pelo ego dos irmãos”.
A música de Aymeê gerou críticas e elogios. Para o escritor assembleiano Gutierres Fernandes Siqueira, por exemplo, ela serviu para trazer “à tona o que há no coração de muitos crentes”.
Já para o pastor e também escritor Yago Martins, a repercussão da letra Evangelho de Fariseus será incorporada pelo “sistema”, sendo usada para um teatro no “mercado da fé”.
“Não me empolgo com denuncia ao sistema que pode ser incorporada tão facilmente pelo sistema. No fim das contas, vira parte do grande teatro do mercado da fé. Dito isto, a música é boa. Uma mistura de ‘a graça da garça’ com coletivo candieiro”, comentou Yago no X. Veja mais:
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