Cristãos e muçulmanos uigur que vivem na China estão tendo que enfrentar o acirramento da perseguição religiosa de formas distintas, sendo a intimidação por meio de discursos políticos uma delas. Foi o que fez o ditador do país, Xi Jinping, durante o cumprimento de uma agenda local.
Líder do Partido Comunista Chinês (PCC), Xi Jinping fez uma visita ao distrito de Xinjiang, onde discursou alegando querer “aprofundar os esforços no controle de atividades religiosas ilegais”.
Práticas religiosas “ilegais”, na China, são todas as expressões de fé que não são oficialmente chanceladas pelo governo. Desse modo, cristãos e outros que não se submetem à supervisão estatal, acabam rotulados como clandestinos pelo regime.
Durante à sua visita a Xinjiang, o ditador chinês cobrou dos locais publicidade positiva em relação ao governo, algo comum em regimes autoritários. No país, além do culto ao partido, o governo também exige limitação quanto à exposição religiosa.
“Permanece ilegal para menores de 18 anos frequentarem a igreja”, diz a Organização Portas Abertas, que classifica a China na 16ª posição na lista mundial de perseguição religiosa. “A antiga ideia de que as igrejas serão apenas percebidas como uma ameaça se elas se tornam muito grandes, políticas ou convidam estrangeiros, agora é uma orientação pouco confiável. “
Narrativas
Segundo informações do jornal The Guardian, o ditador da China buscou reforçar a narrativa de um governo preocupado com o bem da população local, dizendo que “no processo de modernização no estilo chinês, construiremos melhor um belo Xinjiang unido e harmonioso, rico e próspero.”
Órgãos internacionais, contudo, como a Human Rights Watch, acusam o regime chinês de inúmeras violações dos direitos humanos, inclusive de tentativa de genocídio contra a minoria muçulmana uigur. Estas são apenas algumas das acusações que pesam sobre o regime de Xi Jinping. Para saber mais a respeito, leia a matéria abaixo:
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