O governador João Doria (PSDB) ordenou que a Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo multe os pastores Silas Malafaia e Marco Feliciano, além do presidente Jair Bolsonaro, por não usarem máscara na Avenida Paulista.
Durante as manifestações do 7 de setembro, os líderes evangélicos estiveram sobre um carro de som, acompanhados – dentre outros – pelo ex-senador Magno Malta e pela prefeita de Bauru, Suellen Rosim (Patriota-SP), também evangélica, e nenhum deles fez uso de máscara.
O acessório é de uso obrigatório em São Paulo, por decreto de Doria, em espaços públicos. De acordo com informações da revista Oeste, Bolsonaro e os demais ocupantes do carro de som não estavam em contato com os manifestantes na Avenida Paulista.
Ainda assim, o governo Doria informou que o presidente teria infringido a lei federal nº 14.019 de 2020, que torna obrigatória a utilização do equipamento em eventos públicos, e a lei estadual nº 6.437 de 1977.
A multa aplicada por Doria ao presidente, pastores e políticos pode chegar à casa dos milhões: “Já é a sétima ocasião em que Bolsonaro descumpre normas sanitárias no território paulista, acumulando seis reincidências”, disse nota do governo de João Doria.
Em todas as situações anteriores, Bolsonaro recorreu das autuações. Os valores das multas serão definidos pela Justiça e, de acordo com o governo Doria, podem chegar a R$ 4,5 milhões: “Esgotados os recursos, o presidente deverá pagar os valores ou poderá ter o nome incluído na dívida ativa do Estado e no Serasa”.
Além dos líderes evangélicos e da prefeita de Bauru, outros autuados foram os deputados federais Carla Zambelli (PSL-SP), General Girão Monteiro (PSL-RN) e Marcio Labre (PSL-RJ); o deputado estadual Danilo Balas (PSL-SP); o ministro Tarcísio de Freitas; o subsecretário de Fomento e Incentivo à Cultura André Porciuncula; o empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan; o ator e secretário Especial de Cultura Mario Frias, e o cantor Netinho.