Após anos consecutivos de ataques terroristas contra igrejas cristãs, no Egito, o governo do país agora está prometendo iniciar um processo de restauração dos templos que foram afetados pelos radicais muçulmanos.
A medida é consequência do “Plano nacional de moradia social”, possível através de um projeto de lei aprovado ainda em 2016, mas que só agora está ganhando atenção especial das autoridades.
O presidente do Egito, Abdel Fatah al-Sissi, disse que o objetivo da iniciativa é facilitar o registro legal das instalações cristãs, retirando-as da “clandestinidade”, o que dificultaria as ações dos radicais islâmicos, especialmente da Irmandade Muçulmana.
No total, cerca de 3.700 pedidos de igrejas para restauração de seus templos já foram apresentados a um comitê do governo criado em janeiro de 2017. Entretanto, apenas 508 deles foram aprovados.
A expectativa é que agora em 2019 o governo acelere esse processo de avaliação e aprovação dos pedidos, uma vez que os estragos provocados pelos ataques são muitos, conforme noticiou a a agência vaticana Fides em dezembro passado.
“No total, foram 90 ataques em todo o país, principalmente em Minya, mas também nas regiões de Asyut, Fayoum, Giza, Suez, Sohag, Luxor e Beni Suef”, comunicou o órgão, segundo informações da ACI Digital.
“A restauração e adaptação dos edifícios às referências normativas começaram com as igrejas de Minya atingidas por atos de vandalismo, e se espalhou às instalações sociais, hospitalares e educacionais de Suez, Beni Suef e Gizé”, completa.
Para o Papa Copto Ortodoxo Tawadros II, a iniciativa do atual governo do Egito avança no sentido de valorizar a civilização entre os diferentes povos e “promove a cura de lesões profundas, o tratamento necessário para a estabilidade da sociedade e defende os valores de uma autêntica cidadania”.