Anualmente, meninas cristãs são alvos de sequestros em países como a Nigéria, onde entre outros motivos há também o radicalismo religioso que parte de grupos como o Boko Haram. Felizmente, em um desses caos um muçulmano foi condenado a 26 anos de prisão.
O muçulmano chamado Yunusa Dahiru foi condenado pelo sequestro da adolescente Ese Oruru, que na época do ocorrido tinha apenas 14 anos. O rapto da menina cristã ocorreu em 2015 no estado de Bayelsa, no mês de agosto.
Em 2016 a jovem foi resgatada pelas autoridades locais, mas já estando grávida de cinco meses. Ela teria sido forçada a ter relações sexuais e a se casar com o muçulmano, além de alterar o seu nome para “Aisha”, em referência ao nome de uma das esposas do líder islâmico Maomé.
Yunusa Dahiru, por sua vez, não havia sido preso e seu caso continuava tramitando na Justiça local, até que uma decisão recente mudou essa realidade, fazendo justiça para a jovem Ese e sua família.
“Estou muito feliz e agradecido porque vejo que todo o meu sofrimento não foi em vão”, disse o pai da jovem, hoje maior de idade.
“Este caso servirá como um impedimento para outras pessoas que traficam os filhos das pessoas. Agradeço a Deus que a verdade tenha prevalecido. Eu e minha família estamos muito felizes”, destacou o homem.
Para Mervyn Thomas, presidente da Christian Solidarity Worldwide, uma organização não governamental com sede no Reino Unido que opera em mais de 20 países, o sequestro e casamento forçado de meninas praticados por radicais muçulmanos é algo estarrecedor e inaceitável, especialmente em pleno século XXI.
“É inaceitável que as meninas nos estados regidos pela Shari’a [lei muçulmana] continuem sofrendo violações múltiplas de seus direitos à liberdade de religião ou crença, educação, cuidado dos pais e liberdade e segurança da pessoa, entre outros”, disse ele, segundo o site oficial da CSW.