A Bancada Evangélica do Congresso Nacional já possui os novos nomes para a sua presidência. Em vez de um, agora serão dois os líderes que vão dar continuidade ao trabalho político que representa a maioria dos evangélicos na Câmara e no Senado Federal.
Após um acordo feito nesta quarta-feira (8), os novos presidentes da Bancada Evangélica serão os deputados Eli Borges (PL-TO) e Silas Câmara (Republicanos-AM). Ambos vão dividir a presidência do grupo, se revezando nos próximos dois anos.
Cada um assumirá o mandato por seis meses, totalizando um ano de gestão para cada. O acordo veio após uma eleição já ter sido cancelada, depois de divergências entre o número de votantes e as assinaturas presentes.
“O nosso sistema, por problema de internet, tem várias quedas, e por isso tivemos problemas na nossa lista [de membros da bancada]. Nós tivemos alguns que, por acharem que o nome estava na lista, colocaram seus votos. Por conta disso, minha decisão foi pela nulidade da eleição nesse momento”, disse o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), atual presidente da Bancada.
Na ocasião da eleição, o deputado e pastor Otoni de Paula ameaçou entrar na Justiça, caso o pleito não fosse cancelado. Ele levantou a suspeita de fraude por parte de um dos concorrentes.
“Está sendo fraudada a eleição pelo grupo do Silas Câmara […] A gente não fala que é crente, a palmatória do mundo? Corrige gays, corrige todo mundo, e faz essa sacanagem aqui dentro?”, criticou o parlamentar.
Oposição ao governo
A nova presidência da Bancada Evangélica deverá ser confirmada no próximo dia 15 pela Frente Parlamentar Evangélica, durante uma assembleia. O grupo é visto como fundamental como oposição ao novo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O objetivo dos parlamentares evangélicos é frear o avanço de pautas contrárias aos princípios conservadores e cristãos, bem como propor ações em prol de pautas como a liberdade religiosa.
Ao comentar o desfecho desta quarta-feira, o pastor Cezinha de Madureira (PSD-SP) agradeceu a Deus e disse que o acordo favorece o trabalho dos evangélicos de forma pacificada.
“A coisa mais bonita que acontece aqui é quando todos se reúnem e chegam a um acordo. A gente trabalha mais tranquilo. E quero agradecer a Deus pela vida de alguns irmãos, que entenderam este momento de que era preciso ter paz em Israel”, disse ele, segundo a Folha de S. Paulo.
Bancada evangélica: saiba quem se elegeu ou foi derrotado nessas eleições 2022