A inauguração da embaixada americana em Jerusalém aconteceu na última segunda-feira, 14 de maio, com presença do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e discurso via videoconferência do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
A mudança da embaixada de Tel-Aviv para Jerusalém era uma promessa de campanha de Trump. Ele colocou em prática uma lei aprovada pelo Congresso dos Estados Unidos 22 anos atrás, mas que foi descumprida por todos os presidentes desde então sob alegação de risco à segurança.
Netanyahu discursou na cerimônia destacando que o primeiro passo para alcançar a paz é o restabelecimento da verdade: “Este é um grande dia para Israel. É um ótimo dia para a América. É um ótimo dia para nossa fantástica parceria […] mas acredito que também seja um grande dia para a paz”.
“A verdade e a paz estão interconectadas. Uma paz que é baseada em mentiras só vai colidir com as pedras das realidades do Oriente Médio. E a verdade sempre será que Jerusalém sempre foi, sempre será, a capital do Estado judeu”, frisou o primeiro-ministro israelense. “Que a abertura desta embaixada, nesta cidade, espalhe esta verdade por toda parte, e que a verdade promova uma paz duradoura entre Israel e todos os nossos vizinhos”, acrescentou.
Em seu discurso, Netanyah expressou sua gratidão a todos os que têm orado por Israel e declarou seu desejo de que a bênção divina continue recaindo sobre Israel e os EUA: “Agradeço aos que oraram e batalharam por este dia. Que dia glorioso, relembrem este momento. Nós estamos em Jerusalém e estamos aqui para ficar. Deus abençoe Jerusalém, Deus abençoe os Estados Unidos”, concluiu.
Jihad
A resposta à inauguração da embaixada americana em Jerusalém por parte dos extremistas foi dada pelo líder da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, que anunciou que todos os muçulmanos deveriam atender a uma jihad contra os Estados Unidos.
Em um vídeo de cinco minutos, al-Zawahiri afirmou que “Tel-Aviv também é uma terra de muçulmanos”, e criticou a Autoridade Palestina, acusando-a de “vender” o território a Israel.
De acordo com informações do portal The Telegraph, al-Zahiri afirmou que Donald Trump, “foi claro e explícito, e revelou a verdadeira face da moderna Cruzada, onde ficar de pé e conciliação não funciona com eles, mas apenas resistência através do chamado e da jihad“.
Relembrando seu antecessor, al-Zawahiri afirmou que Bin Laden havia declarado os EUA “o primeiro inimigo dos muçulmanos”, e assim é necessário ir à guerra “até que todos os exércitos de descrença deixem a terra de Maomé”.