O ex-senador Demóstenes Torres, cassado em 2012, comentou sua derrocada na política causada por um escândalo de corrupção e afirmou que a fé em Deus o salvou de problemas maiores, como a depressão.
Demóstenes Torres é procurador de justiça em Goiás, e devido ao processo de cassação no Senado estava inelegível até 2020. No entanto, uma decisão recente do ministro José Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), permitiu que ele dispute um cargo eletivo já nas próximas eleições.
Em um discurso feito durante o lançamento da Jornada da Cidadania, uma série de eventos sociais e culturais organizados pela Arquidiocese de Goiânia em parceria com a Pontifícia Universidade Católica (PUC-GO), Demóstenes agradeceu as orações e o suporte de lideranças espirituais como o arcebispo dom Washington Cruz.
“Dom Washington foi e é muito importante na minha vida. Após a queda provocada pelo PT e o restante da banda podre da política, a fé em Deus me salvou”, afirmou Demóstenes Torres, acrescentando que as orações “foram fundamentais” para alcançar a porta de saída da depressão.
O processo de cassação do ex-senador foi motivado por uma acusação de que ele estaria ligado ao bicheiro Carlinhos Cachoeira, no caso que ficou conhecido como o escândalo da “máfia dos caça-níqueis”. Nessa época, o PT tinha maioria no Senado e governava o país quase sem oposição.
Na cerimônia de lançamento da Jornada da Cidadania, Demóstenes Torres entregou a dom Washington e ao reitor da PUC-Goiás, Wolmir Amado, cópias de seu livro 1ª Vítima de Fake News — Como Eu Estava Falando Antes de Ser Brutalmente Interrompido, em que narra sua versão dos fatos para o escândalo, segundo informações do Jornal Opção.
Após o encontro com os líderes católicos, Demóstenes viajou a Anápolis (GO), onde se reuniu com pastores da Assembleia de Deus, e destacou que ao longo de sua jornada para provar sua inocência e recuperar seus direitos políticos, contou também com as orações de amigos evangélicos.