Uma empresa comandada por um evangélico está sendo acusada de demitir funcionários que praticaram sexo antes do casamento. A polêmica veio à tona depois que uma empregada engravidou sem ser casada e foi demitida.
A empresa adota um código de conduta bastante rígido, que prevê um padrão de “vida justa” por parte dos funcionários, e isso inclui a reprovação ao sexo antes do casamento.
O manual da empresa diz claramente que a Ramsey Solutions “é tida como cristã” e por isso, “se um membro da equipe se envolver em um comportamento não consistente com os valores ou ensinamentos judaico-cristãos tradicionais, isso prejudicaria a imagem e o valor de nossa boa vontade e de nossa marca”, prevendo como punição a possibilidade de suspensão ou rescisão do contrato de trabalho.
O caso que foi parar nos tribunais envolve a assistente administrativa Caitlin O’Connor, demitida em junho de 2020 por ter engravidado sem ser casada. A empresa, que tem mais de 800 funcionários, atua no ramo de consultoria financeira.
De acordo com informações do portal The Tennessean, os advogados da empresa fizeram uma moção recentemente para que o caso fosse encerrado, argumentando que pelo menos 12 outros funcionários foram punidos por praticar sexo antes do casamento nos últimos anos, conforme a política da empresa.
No caso desses outros funcionários, eles pediram demissão antes que pudessem ser demitidos, mostram os documentos do tribunal.
A assistente administrativa descreveu, em sua ação judicial, que poucos dias depois de informar ao chefe de recursos humanos da empresa, Armand Lopez, que estava grávida de 12 semanas e queria apresentar a papelada para licença maternidade e outras acomodações legalmente protegidas, ela foi demitida devido à gravidez e à violação da política de “Conduta da Empresa” da Ramsey Solutions.
A empresa não nega que adote essa política e acrescentou que pelo menos outros dois funcionários foram demitidos por praticar sexo extraconjugal.