Faleceu às 12h11 desta sexta-feira (1) no Hospital Bartira, em Santo André, SP, Arthur Lula da Silva, de sete anos, neto do ex-presidente Lula, vítima de meningite meningocócica.
Para conseguir velar o corpo da criança e se despedir do neto, os advogados de Lula entraram com uma petição na justiça pedindo a sua liberação temporária. A juíza Carolina Llebos, por sua vez, da 12ª Vara Federal de Curitiba e responsável atual pelos processos envolvendo o ex-presidente na 1ª instância, concedeu o pedido.
A saída de Lula da prisão para velar o corpo do neto, no entanto, dividiu opiniões. Muitos, no entanto, especialmente figuras públicas, trataram o caso de forma diferente da vez em que o ex-presidente perdeu o seu irmão, Genival Inácio da Silva, mais conhecido como Vavá, há cerca de um mês.
Certamente por se tratar de uma criança de 7 anos e do vínculo neto e avô, o caso comoveu até mesmo alguns dos maiores críticos do ex-presidente, como o pastor Silas Malafaia, que expressou seus sentimentos em sua conta oficial no Twitter.
“Sou avô e entendo a dor de Lula. Deus console o coração dessa família. Só insensíveis para falarem asneira em uma hora dessa. Sou 100% contra Lula, mas nesse momento de dor profunda, não cabe conjecturas políticas. Essa é uma hora de compaixão, ñ de cobranças”, escreveu Malafaia.
Críticas a Eduardo Bolsonaro
Já para Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, a saída de Lula para o velório do neto não deveria ter sido concedida, por se tratar de um “preso comum”. O parlamentar ainda afirmou por meio de um Twitter que tal situação permitiria que o “larápio” Lula ficasse “posando de coitado”.
“Lula é preso comum e deveria estar num presídio comum. Quando o parente de outro preso morrer, ele também será escoltado pela PF para o enterro? Absurdo até se cogitar isso, só deixa o larápio em voga posando de coitado”, escreveu Eduardo.
O comentário polêmico de Eduardo despertou a fúria da oposição, mas também críticas de muitos apoiadores do seu pai, incluindo o próprio Silas Malafaia, que foi direto ao dizer que o parlamentar faltou com “compaixão” e perdeu a oportunidade de ficar calado.
“O filho do presidente Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, perdeu uma ótima oportunidade de ficar de boca fechada na questão que envolve o funeral do neto de Lula. O sábio Salomão já dizia q até o tolo quando se cala, se passa por sábio”, disparou Silas.