Ao longo da semana um áudio circulou na internet mostrando um líder evangélico da igreja Assembleia de Deus em Porto Velho (RO) assediando os fiéis a votarem em candidatos apoiados oficialmente pela denominação. O líder de jovens Iranilson Souza, cuja voz aparece no áudio, gravou um vídeo se retratando sobre o caso, e afirma que a gravação era apenas uma brincadeira feita por ele com um grupo de amigos.
No áudio, Souza aparece afirmando que os membros da igreja deveriam apoiar os candidatos Agnaldo Muniz, que concorrerá a deputado federal, e Marcelo Cruz, que disputará a vaga de deputado estadual. Ele afirma ainda que aqueles que apoiarem outros candidatos deveriam entregar seus cargos na denominação.
– Pessoal, aquelas pessoas que tiverem cargo na igreja, e não apoiarem os candidatos da igreja, vão ter que sair no período da campanha. Então, todos os que têm cargo, terão que apoiar os candidatos da igreja. Todos vão ter que apoiar o Marcelo Cruz e o Agnaldo Muniz. Se não for apoiar nenhum desses dois, for apoiar outro candidato, vocês têm que chegar no supervisor de vocês e entregar o cargo – afirma o líder de jovens na gravação.
No vídeo em que responde às acusações, publicado no YouTube pelo Rondo Cristão, Souza afirma que tudo não passou de um mal entendido, e que a gravação que circula pela internet foi retirada de seu contexto por alguém de má fé, com a intenção de prejudicar a denominação.
Ele afirma que o áudio não foi gravado durante uma reunião da igreja, mas que ele mesmo fez a gravação em seu quarto e a enviou para um grupo de amigos no WhatsApp como uma brincadeira.
– Infelizmente alguém de má fé usou isso contra a denominação a qual eu congrego – afirmou o líder de jovens, que no vídeo também isenta a igreja de qualquer culpa em relação ao que ele falou no áudio.
Qualquer forma de assédio para apoiar ou votar em candidatos é ilegal e pode trazer punições para os candidatos, que podem ser impedido de concorrerem aos cargos. O Tribunal Superior Eleitoral incentiva que práticas assédio eleitoral sejam denunciadas seja no ambiente religioso, de trabalho ou em qualquer outro grupo social.