Aproximadamente 20 cristãos foram executados por terroristas do Estado Islâmico na Nigéria. Um vídeo mostrando o momento do massacre foi divulgado pelo grupo extremista, e teve sua autenticidade confirmada.
O crime foi cometido no estado de Borno, que fica na região nordeste do país. O terrorista que liderava o grupo no momento da execução falou na língua hausa, dizendo que tratava-se de uma vingança pela morte dos líderes do Estado Islâmico no começo de 2022.
De acordo com a imprensa internacional, data e hora do vídeo são desconhecidos, assim como local exato da execução. As autoridades nigerianas não se manifestaram sobre a divulgação do material, mas a agência SITE Intelligence confirmou sua autenticidade.
Segundo informações do portal Idoma Voice, o líder do Estado Islâmico Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurashi morreu em fevereiro durante um ataque aéreo noturno sobre a região noroeste da Síria, realizado pelas forças especiais dos Estados Unidos.
A operação, da qual as forças curdas também participaram, foi realizada na região de Idlib, onde seu antecessor mais conhecido, Abu Bakr al-Baghdadi, foi morto em um ataque semelhante em outubro de 2019.
Al-Qurashi, que também era conhecido como Amir Mohammed Said Abd al-Rahman al-Mawla, era o substituto de Baghdadi e tinha reputação de brutalidade.
Os militantes do Estado Islâmico na Nigéria atuam sob a denominação Província do Estado Islâmico da África Ocidental (ISWAP, na sigla em inglês), disputando forças com outro grupo militante islâmico, Boko Haram.
Recentemente, o grupo sofreu enormes perdas como resultado de ataques de uma força militar multinacional.
Já o grupo jihadista Boko Haram confirmou em junho de 2021 a morte de seu chefe Abubakar Shekau, que, segundo fontes, morreu durante lutas internas com a facção rival aliada do Estado Islâmico.
A morte de Shekau, desde então, causou uma enorme divisão entre as fileiras do Boko Haram, com alguns de seus comandantes alegando lealdade ao ISWAP.
Isso causou uma grande mudança no conflito da Nigéria, embora o ISWAP tenha emergido recentemente como a força dominante na insurgência islâmica que já dura mais de uma década no nordeste do país africano.