Uma mulher-bomba simpatizante do Estado Islâmico concluiu um atentado terrorista no Iraque enquanto segurava um bebê em seu colo. O grupo de extremistas muçulmanos foi expulso do país, mas no processo de evacuação, ainda perpetrou mais uma barbaridade.
Imagens mostradas pela rede de televisão Al-Mawsleya mostram uma mulher com uma criança no colo, enquanto seguia o trajeto de evacuação de um bairro após uma ação do exército iraquiano. Segundos depois, ela se explode, matando a si mesma, o bebê e outras pessoas à sua volta, além de ferir soldados e o próprio cinegrafista que fez as imagens.
O ataque do Estado Islâmico foi feito como forma de garantir baixas civis após sua derrota em mais um território do Iraque. O atentado foi registrado no mesmo dia em que as tropas do país anunciaram ter o controle dos últimos pontos de resistência dos terroristas.
A mulher que se explodiu usava as tradicionais vestes islâmicas, que são largas, e assim, facilitam a ocultação de artefatos e armas.
Covardia
De acordo com informações do portal The Christian Post, aproximadamente vinte mulheres foram usadas como terroristas suicidas pelo Estado Islâmico apenas nas últimas semanas, na região de Mosul, cidade no norte do Iraque, que antes era conhecida por ser o maior reduto de cristãos no país.
Essa seria uma tentativa desesperada de conter o avanço do exército iraquiano. O tenente Sami al-Aridi afirmou que muitas “mulheres estão lutando com seus filhos ao lado do Estado Islâmico”, e esse fato novo trouxe percalços na luta contra os extremistas.
“Isso nos deixou indecisos sobre lançar incursões aéreas para avançar. Se não tivesse sido por isso, teríamos conseguido terminar (a operação) em apenas algumas horas”, observou.
O pesquisador Ely Karmon, ligado ao Instituto de Combate ao Terrorismo no Centro Interdisciplinar de Israel, comentou a situação e corroborou as afirmações das autoridades iraquianas sobre o fim do Estado Islâmico no país.
“Eu acredito que o Estado Islâmico está claramente derrotado, não só militarmente, mas também psicologicamente e propagandisticamente. Sabemos que que seu material de propaganda, que era bastante sofisticado, é cada vez menos divulgado. Nós não ouvimos mais seus líderes se pronunciarem em áudio ou vídeo”, observou.
Há, no entanto, uma preocupação bastante forte na comunidade internacional a respeito da migração dos terroristas para territórios de outros países, como o Egito, por exemplo, onde o número de atentados disparou nos últimos meses.