A difusão da ideologia de gênero no Brasil tornou-se o centro de uma disputa sobre princípios, e a maioria conservadora da sociedade está reagindo contra a doutrinação feita através da mídia, e principalmente, da atuação militante de profissionais da educação.
Em Belo Horizonte (MG), um grupo de pais que se opõem à adoção dessa abordagem nos materiais de educação, foi à escola para protestar, e entregaram uma notificação à direção da escola expressando sua postura.
O Colégio Santo Agostinho foi alvo de protesto dos pais contra a adoção de conteúdo que trate da ideologia de gênero e ‘sexualidade’ – incluía a abordagem de subtemas como homossexualidade, bissexualidade, transexualidade, prostituição e masturbação, entre outros – em suas três unidades.
De acordo com informações do jornal Estado de Minas, o documento foi produzido e apresentado em forma de notificação extrajudicial. A estratégia dos pais era deixar claro que se a adoção da ideologia de gênero for levada adiante, os pais se unirão em um processo contra a escola.
A direção da escola admitiu que recebeu, nos últimos meses, diversas cartas dos pais expressando a insatisfação com a adoção desses temas nas aulas, e como medida, enviou um comunicado a eles explicando o assunto. Mas, insatisfeitos com a insistência da escola, os pais decidiram reagir e fazer um protesto mais robusto.
No documento entregue à direção, os pais pais demonstram estar “sinceramente preocupados com a inserção de conteúdos atinentes à sexualidade e questões de ‘gênero’ nas mais diversas matérias do currículo escolar, inclusive e principalmente, em Ensino Religioso e Ciências”.
“Referidas matérias não devem ser expostas a nossos filhos, salvo pela própria família”, acrescenta o texto, apontando o Código Civil Brasileiro, o Estatuto da Criança e do Adolescente, a Convenção da ONU sobre os Direitos das Crianças e a Convenção Americana de Direitos Humanos como embasadores dessa exigência.
O comunicado dos pais frisou ainda que a abordagem desses assuntos fora do ambiente familiar expõe seus filhos a uma “ditadura da educação”, trazendo “graves consequências”, e cobrou da mantenedora da escola, a Sociedade Inteligência e Coração (SIC) – ligada a movimentos católicos – uma postura mais firme contra a ideologia de gênero.