Uma pesquisa feita com jovens evangélicos detectou que esse público, formado pela chamada “geração milênio”, é menos conservador que as pessoas mais velhas e que professam a mesma fé.
A pesquisa foi realizada nos Estados Unidos pelo Instituto Público de Pesquisas da Religião (PRRI, na sigla em inglês) com jovens evangélicos que utilizam redes sociais.
O levantamento foi feito em duas partes, analisando primeiramente os jovens que utilizam as redes sociais mais voltadas a esse público, e posteriormente analisando os usuários de redes sociais mais populares, como o Facebook, por exemplo.
O relatório do estudo chegou a conclusão de que o primeiro grupo tem maior tendência a nutrir pensamentos mais liberais e distanciado dos valores culturais mantidos pelos mais velhos. Já o segundo grupo tende a ser mais propenso a enxergar as situações da mesma maneira que os mais velhos.
De acordo com o Christian Post, o segundo grupo de jovens evangélicos estavam imersos no que os estudiosos conveniaram chamar de “subcultura evangélica”, e portanto, interagindo menos com os não crentes.
No entanto, mesmo com essa tendência, eles demonstraram não absorver por completo as opiniões dos mais velhos, demonstrando algumas atitudes diferentes dos mais velhos.
O PRRI é uma organização liberal e apartidária que se dedica a estudar a relação entre a religião e a vida em sociedade. O relatório desse estudo foi apresentado no final de agosto durante o encontro anual da Associação de Ciência Política.
“Reunimos algumas evidências que são sugestivas sobre o porquê de jovens evangélicos serem diferentes dos seus antecessores – eles estão reagindo negativamente à conturbada subcultura política de seus pais”, resumiram os responsáveis pelo estudo.
O efeito prático dessas divergências a curto prazo deve ser mínimo, dizem os pesquisadores, que ponderam que a longo prazo, isso pode significar uma mudança de comportamento significativa e que influencie a forma como votam e se relacionam com pessoas de fora de seu grupo religioso.