A ciência explora há décadas a possibilidade de existência de vida inteligente fora da Terra, mas apesar dos esforços em busca de evidências, nunca surgiram provas. Agora, um novo estudo indica que há uma grande chance de que os humanos são a única forma de vida com capacidade intelectual na galáxia.
A revista Proceedings of the Royal Society of London publicou o estudo que indica chances entre 53% a 99,6% de que a humanidade seja a única forma de vida inteligente em todo o universo. Os pesquisadores Anders Sandberg, do Instituto Futuro da Humanidade da Universidade de Oxford, o professor de Filosofia Tod Ord e o engenheiro Eric Drexler são os autores do estudo.
O estudo partiu de uma pergunta bastante recorrente: porque a humanidade nunca foi procurada por outras civilizações se existem bilhões de possibilidades de que haja formas de vida inteligentes na vastidão do universo?
A partir desse ponto, os pesquisadores fizeram uma análise de bases matemáticas do Paradoxo de Fermi, um conceito criado em 1961 para estimar o número de civilizações detectáveis na Via Láctea, nossa galáxia. Com isso, incluindo informações atualizadas ao longo das últimas décadas, eles criaram uma nova versão da equação de Drake, mais precisa.
De acordo com o portal Mental Floss, a equação de Drake foi usada no passado como forma de tentar identificar os lugares com possibilidades de abrigar vida na galáxia e que produziriam grandes civilizações. No entanto, com o passar dos anos, as aplicações acabaram por revelar parâmetros altamente incertos, segundo os pesquisadores.
“Nós examinamos esses parâmetros, incorporando modelos de transições químicas e genéticas nos caminhos em direção à origem da vida, e mostramos que o conhecimento científico existente corresponde a incertezas que abrangem várias ordens de magnitude. Isso faz uma grande diferença”, comentou Sandberg, explicando a necessidade de revisar a equação.
A partir da atualização da fórmula, os pesquisadores concluíram que há chance entre 53% a 99,6% de a humanidade estar só na galáxia, e que essa probabilidade se estende ao universo, com 39% a 85% de estarmos sozinhos em toda essa vastidão.
“Encontramos uma probabilidade substancial de que não haja outra vida inteligente em nosso universo observável. E portanto, não deveria haver surpresa quando não detectamos quaisquer sinais disso,” afirma o cientista.
A pesquisa, no entanto, não é um fator influenciador para desistir das buscas por vida inteligente fora da Terra: “Não estamos mostrando que essa busca por vida extraterrestre seja inútil. Pelo contrário. O nível de incerteza que temos de reduzir é enorme. A astrobiologia e a SETI [projeto de busca constante por vida inteligente no espaço] podem desempenhar um papel importante na redução dessas incertezas”, concluiu Sandberg.
“Pela fé entendemos que o universo foi formado pela palavra de Deus, de modo que o que se vê não foi feito do que é visível” -Hebreus 11:3