A história de uma menina chamada Isabella poderia não existir se sua mãe tivesse seguido a orientação de seus pais e abortado no início da gravidez. E a história só mudou porque um trabalho evangelístico alcançou a jovem gestante.
Lauran Bunting era uma estudante do terceiro ano do Ensino Médio quando arrumou um namorado. A relação entre os dois inspirou confiança e ela afirmou que não queria fazer sexo antes de se sentir pronta. O recado parecia ter sido entendido pelo rapaz, mas de uma hora para outra ele mudou de comportamento.
“Nós estávamos jogando basquete. Fomos até a garagem e aí ele disse que não se importava mais com minha espera. Ele queria ter relações sexuais. Eu implorei e insisti, mas ele me obrigou e me forçou a fazer sexo com ele”, contou Lauran ao site LifeNews. Com o tempo, ela sofreu mais abusos e um dia descobriu que estava grávida.
Sua reação imediata foi de insegurança, e ela recorreu às irmãs para contar sobre a gravidez. Encorajada, ela contou aos pais, mas omitiu um importante detalhe: o estupro. “Meu pai disse: ‘Você vai abortar essa criança, se realmente estiver grávida’. Eu não me lembro de ter chorado tanto na minha vida”, relembrou.
Ela se recusou a abortar o bebê e isso custou a amizade com seu pai, que aos poucos, foi deixando de falar com ela. Com a proximidade do parto, os avós chegaram à conclusão de que ela deveria dar o bebê para adoção, e já haviam inclusive conseguido um casal interessado.
Em meio a essas indefinições, ela foi fazer um ultrassom e, quando deixou o hospital, um grupo de voluntários entregou a ela um folheto com o versículo 11 do capítulo 29 de Jeremias: “Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais”.
Na entrevista, ela contou que nesse momento se encheu de esperança para o futuro, percebendo que Deus estava falando com ela. “Foi nessa época que eu me converti e entreguei minha vida para o Senhor”, disse, acrescentando que procurou seus pais para contar que havia decidido ficar com o bebê e que, na verdade, ela havia sido vítima de um estupro.
“Eu não estava vivendo para o Senhor como eu pensava que vivia. Eu não estava me esforçando o suficiente. Então, eu segui em frente e continuei com meus estudos na escola, porque eu sabia que tinha que terminar. Mas então as coisas ficaram ruins. Ele (o estuprador) me bateu com uma porta. Ele jogou comida em mim. Ele jogou uma bola em mim. Quase fui expulsa da escola porque todos os dias estávamos na sala do diretor, na enfermaria ou no escritório do conselheiro de orientação”, relembrou.
Apesar dos conflitos, ela perseverou, terminou os estudos e deu à luz Isabella. Resultado? “Meu pai e Isabella agora são melhores amigos. Ele tem mimado ela bastante. Deus mudou seu coração. Esta é a maior bênção que recebi, e eu não mudaria isso por nada”, concluiu.