O extremismo muçulmano em forma de terrorismo, na França, mobilizou os evangélicos do país em uma campanha de oração para que Deus abençoe o novo presidente do país, que será eleito no próximo pleito, previsto para os dias 23 de abril e 7 de maio.
O pedido de oração se estende a todo os cristãos do mundo, já que o atual, François Hollande, é muito mal avaliado e já anunciou que não tentará a reeleição. A iniciativa, da Aliança Evangélica Europeia (EEA), é marcante, pois a entidade tem como princípio não s envolver em questões políticas.
Em nota, a EEA salientou que “não é neutra com relação à importância de um bom governo, justo e que trabalhe por uma sociedade saudável”, e que as “atrocidades do terrorismo islâmico” vem aumentando, “levando inevitavelmente ao medo e também à divisão social”.
A preocupação dos evangélicos franceses é que políticos com propostas de vigilância extremas e barreiras migratórias recebam apoio maciço do povo e sejam eleitos: “Isto está inevitavelmente influenciando o modo como alguns políticos falam e os eleitores pensam”, afirmou o documento, de acordo com informações do portal Christian Today.
A nota divulgada pela EEA também abre um debate sobre “o quão laico o país deve ser”, pois esse princípio está se tornando, na prática, em restrição às liberdades religiosas. “O quanto a religião deveria ser permitida em público é algo vivamente debatido. E a liberdade de expressão sobre questões éticas como o casamento entre pessoas do mesmo sexo, sub-rogação, eutanásia ou aborto também estão sob ataque. O verdadeiro pluralismo religioso e a liberdade de expressão serão protegidos ou haverá mais restrições legais nesta sociedade já altamente secularizada?”, questionou.
Os líderes da EEA chamaram atenção para as acusações de corrupção contra importantes líderes políticos franceses, como Marine Le Pen e François Fillon, vistos como “presidenciáveis”, e afirmou que tais revelações causaram “uma enorme desilusão entre os eleitores”.
Por fim, os evangélicos ressaltaram que é importante que o futuro presidente do país “apoie a liberdade de religião e de expressão para todos” e “sirva ao bem comum de todos os habitantes e também permita à França desempenhar um papel positivo em nível europeu e mundial pela paz e pela liberdade”.