Um grupo de evangélicos realizou um protesto no Rio de Janeiro contra o islamismo e os ensinamentos do Corão, classificando o livro sagrado dos muçulmanos como “guia de estupros e assassinatos”.
O grupo, liderando pelo polêmico pastor Tupirani da Hora Lores, é membro da Igreja Pentecostal Geração Jesus Cristo, e atraiu atenção da grande mídia, que classificou o ato como “preconceituoso”. O jornal O Globo, por exemplo, contrapôs o protesto dos evangélicos ao linchamento do refugiado sírio Mohamed Ali, agredido enquanto vendia esfirras.
Os manifestantes pentecostais portavam cartazes com frases que descreviam os seguidores do islamismo como “assassinos, sequestradores e estupradores”.
Marcelo Arar, vereador do Rio pelo PTB, comentou o caso e disse que acredita que essa manifestação foi um ato isolado, sem força no meio evangélico: “O que existe no Brasil são focos isolados de preconceito, mas não acredito que movimentos do tipo ganharão força no país. Associar toda uma religião ao terrorismo é um ato de ignorância, mas os cariocas deram a prova de que atitudes com essas são sufocadas pelo nosso acolhimento e solidariedade. O Mohamed foi abraçado não apenas pela agressão que sofreu, mas pelos xingamentos que recebeu por ser muçulmano”, declarou o político.
Polêmicas
Tupirani já foi condenado pela Justiça há cinco anos pelo crime de intolerância religiosa, inclusive contra outras denominações pentecostais. Segundo O Globo, o pastor e um seguidor chamado Afonso Henrique Alves Lobato usavam um blog para pregar o fim da Assembleia de Deus.
O pastor foi sentenciado a prestar serviços comunitários e pagar dez salários mínimos a uma entidade beneficente.