Ex-professora de Inglês na Universidade de Syracuse, nos Estados Unidos, Rosaria Champagne Butterfield teve todas às características e práticas típicas de uma militante do movimento LGBT. Todavia, uma série de debates com um vizinho cristão lhe fez mudar não apenas sua visão de mundo, como a própria orientação sexual homossexual.
“Vinte e dois anos atrás, não foi considerado discurso de ódio o Ken me dizer que ele me aceitava como lésbica, mas não aprovava meu corpo”, disse ela, lembrando de quando pela primeira vez conversou com seu vizinho, líder de uma igreja presbiteriana local, acerca da sua sexualidade.
“Eu rejeitei a cosmovisão de Ken, e ele rejeitou a minha, [mas] nós estávamos dividindo o mesmo espaço”, disse ela, explicando que apesar das diferenças, ela e seu vizinho pastor conviviam respeitosamente, sempre debatendo sobre seus pontos de vista.
Para Butterfield, a forma como a mídia tem sido usada atualmente não é para promover o diálogo pacífico e a compreensão das diferentes perspectivas de mundo, mas sim para minar a capacidade das pessoas se relacionarem pacificamente, “zombar ou tentar destruir umas às outras”.
Ela ressaltou a maneira respeitosa como Ken lhe tratava, mesmo deixando clara a sua visão, algo que hoje em dia pode ser considerado “discurso de ódio” por alguns. “Nós vimos claramente nossas diferenças de visão de mundo, mas essas divisões, na época, não vieram com o peso acusatório do ataque pessoal. No manual de hoje, isso não aconteceria”, disse ela, segundo o Christian Today.
Ela lembrou que na época vivia em um relacionamento homossexual e acreditava que agia corretamente. “Eu amava a minha namorada do jeito que era melhor para mim. Eu me importava com minha comunidade gay. Eu co-escrevi a primeira política de parceria doméstica na minha universidade. Eu estava prestes a me tornar uma forte radical”, conta.
Às conversas com o vizinho pastor, no entanto, fizeram Butterfield mudar de vida e abandonar o homossexualismo. Ela atualmente é casada com um pastor e destaca que se tornou amiga de Ken e sua esposa, porque ambos valorizaram o relacionamento humano mais do que às diferenças:
“Ken, Floy e eu nos tornamos amigos antes deste momento cultural atual. Pudemos ver que nossa humanidade estava intimamente ligada, mas não completamente absorvida, por nossas diferentes visões de mundo e os conjuntos de ideias, vocabulário, livros e valores que eles representavam”, conclui a professora.