Quem sabe de onde vem e se converte ao Evangelho do Senhor Jesus Cristo, sabe bem a diferença do antes e depois. Essa constatação parece estar ficando cada vez mais evidente entre a população de ex-muçulmanos convertidos na Europa, ao ponto de já ter sido alvo de pesquisas, procurando entender o impacto causado na região, no âmbito religioso, por muçulmanos que se convertem ao cristianismo.
As informações foram publicadas originalmente no noticiário internacional Gospel Heral, revelando como refugiados islâmicos do Afeganistão, da Síria e do Paquistão na Europa, são acolhidos por comunidades cristãs locais, dando a tais grupos a oportunidade de finalmente conhecer a liberdade em Cristo através, não apenas, do conhecimento bíblico, mas principalmente pelo gesto de amor com que tais refugiados são recebidos.
A Europa vem passando por uma crise de valores devido a onda liberal disseminada na política e, consequentemente, na cultura das últimas décadas. Aliado a isso, a condição social da sua população, de alto poder aquisitivo, conforto e opções de entretenimento, ajudaram a distanciar ainda mais seu povo das questões espirituais, no sentido prático, algo já descrito pelo próprio Cristo (Mateus 19:24) em referência ao “amor” pelo dinheiro como empecilho ao relacionamento com Deus.
Todavia, essa não é a realidade dos povos muçulmanos refugiados na Europa; “As igrejas europeias têm lutado durante décadas para compartilhar o Evangelho entre os cidadãos locais modernos. Eles têm se deparado com imigrantes muçulmanos, que estão muito mais abertos à mensagem da Bíblia”, disse Matthew Kaemingk, professor do Seminário Teológico Fuller, à Fox News.
Autor do livro “Hospitalidade Cristã e Imigração Muçulmana na Era do Medo”, que será publicado no segundo semestre desse ano (2017), Matthew fez uma pesquisa para entender questões relacionadas aos imigrantes muçulmanos na Europa, e descobriu que diferente dos europeus, os refugiados são muito fervorosos religiosamente:
“Os europeus são ricos, confortáveis, saudáveis e poderosos. Em suma, eles não acham que precisam de Deus”, disse Matthew. Por outro lado, “o muçulmano recém-chegado à Europa experimenta uma tremenda pressão social, eles vivenciam racismo, pobreza, exclusão, discriminação, barreiras linguísticas e culturais e um profundo sentimento de deslocamento”, acrescentando que a ação das igrejas evangélicas para reverter essas dificuldades tem sido responsável pelo grande número de conversões ao cristianismo:
“A sensação de deslocamento não é apenas geográfica, mas também é espiritual e as igrejas que oferecem a esses muçulmanos uma hospitalidade real e significativa estão vendo alguns resultados surpreendentes”.
Com base nisso, o número de pedidos para integrar igrejas evangélicas vem crescendo à cada ano. Na Alemanha, líderes de igrejas tiveram que publicar um manual sobre como batizar os novos convertidos, agora ex-muçulmanos. Segundo a Fox News, o número de convertidos é tão grande, que algumas igrejas tiveram que utilizar piscinas públicas para realizar os batismos.
“Nos últimos anos, os requerentes de asilo – sozinhos ou em família – têm se voltado cada vez mais para a fé cristã e estão pedindo às igrejas para serem batizados. Este é um desafio especial, não só para os requerentes de asilo, mas também para os membros das igrejas e as próprias congregações que guiam aqueles que são batizados, com sensibilidade e responsabilidade”, diz um trecho do manual.