Uma palestrante chamada Erin Brewer começou a se identificar como um menino depois de ter sido abusada sexualmente aos 6 anos de idade, o que levou a sentimentos de auto aversão. Já adulta, o envolvimento com pornografia foi outro problema enfrentado antes que ela encontrasse cura para o trauma no amor de Deus.
Erin passou a usar roupas usadas de seu irmão e cortou o cabelo curto depois de ter sido abusada, porque o trauma a levou a acreditar que, se fosse um menino, nunca teria sofrido a agressão sexual.
A dissociação de Erin em relação a seu próprio corpo frequentemente se manifestava em um forte sentimento de raiva, e ela fazia coisas como bater na cabeça com uma escova quando se via no espelho.
Um professor encaminhou a menina para um psicólogo escolar, que encorajou sua mãe a retratar a feminilidade de forma positiva e expor sua filha a modelos femininos fortes. O psicólogo escolar também recomendou que Erin se juntasse a um grupo para crianças que lutavam com a comunicação, e essas intervenções ajudaram a colocar a menina no caminho para se reconciliar com sua identidade como mulher.
A menina lutou contra o fato de não querer ser mulher durante a maior parte da adolescência. Mas a orientação que recebeu, combinada com a menstruação, um desenvolvimento biológico que é distintamente feminino, a ajudou a parar de negar seu sexo: “Foi gradual, mas cansei de lutar contra a realidade”, disse ela.
Erin é grata à professora que reconheceu que algo estava errado e a encaminhou ao psicólogo da escola, temendo que, se ela fosse uma criança lutando com sua identidade de gênero hoje em dia, a escola teria encorajado esses sentimentos:
“Meu coração se parte pelas meninas que não estão recebendo a ajuda de que precisam e, em vez disso, estão sendo informadas de que nasceram no corpo errado. Especialmente porque muitas dessas crianças sofreram abuso sexual e, em vez de receber a ajuda de que precisam para processar o que aconteceu com elas, esse abuso sexual é deixado de lado, e é quase como se elas estivessem sendo atacadas novamente toda vez que sua confusão de gênero é reforçada”, declarou ela em uma entrevista.
Posicionamento
Erin Brewer é agora uma palestrante que se posiciona contra permitir que crianças que sofrem de disforia de gênero façam a transição social ou passem por procedimentos de mutilação corporal.
Há cinco anos atrás, ela publicou um vídeo reprovando o uso de apêndices que meninas que se identificam como meninos costumam comprar para usar nas calças para que tenham uma aparência masculina: “Os packers nem são tão ruins quanto parece. Existem bloqueadores de puberdade e hormônios cruzados que minam a fertilidade e a sexualidade de uma criança pelo resto de suas vidas, colocando-as em um caminho de autodestruição”.
Embora Erin nunca tenha usado drogas ou passado por uma cirurgia de mudança de sexo quando lutou com sua identidade, em determinado momento ela pediu aos professores que a chamassem de “Timothy”.
Hoje, a palestrante admite ter medo de imaginar como seria sua vida se seu desejo de se identificar como um menino tivesse ido mais longe. Agora mãe de três filhos, ela está profundamente ciente de que talvez nunca tivesse dado à luz se tivesse seguido esse caminho.
Tropeços
Estar bem consigo mesma quanto ao trauma com sua identidade de gênero não era o fim dos tumultos na vida de Erin. Aos 40 anos, passou a se envolver com pornografia por se sentir insegura e necessitada de atenção masculina.
Receber pedidos de homens para satisfazer fetiches era algo que a fazia se sentir querida em uma fase difícil da vida, com dificuldades de autoconfiança e recolocação no mercado de trabalho. Uma terapeuta com quem ela falou até a encorajou a continuar fazendo pornografia, comparando-a a uma assistente social por estar “prestando um serviço” para homens que precisavam.
“Eu sou uma mulher meio excêntrica, e acho que a pornografia preencheu essa lacuna de necessidade de atenção masculina. De repente, todos esses homens me disseram que eu era atraente e bonita; eles achavam que eu era uma princesa e queriam se casar comigo. Eu nunca tinha experimentado nada parecido antes, e era como uma droga”, relembrou.
Erin Brewer fez pornografia até setembro de 2019, quando teve a oportunidade de palestrar no Eagle Forum, um grupo conservador fundado pela falecida ativista Phyllis Schlafly em 1972.
Acolhimento
Ela disse que nunca teve a sensação de que fazer pornografia fosse errado até aquele momento: “Estando perto das mulheres no Eagle Forum, de repente tive uma sensação de Deus que nunca tive em toda a minha vida. Sempre fui meio ateia e agnóstica, mas só de estar perto daquelas mulheres, que eram tão ancoradas no amor, foi a primeira vez que realmente me senti amada incondicionalmente pelas pessoas”.
Após revelar aos presentes no Eagle Forum que ela havia feito pornografia, Erin se preparou para receber desprezo, mas ao invés disso, a organização expressou preocupação com seu bem-estar.
Membros da organização a alertaram que pornografia era perigosa, e ela eventualmente deixou de produzir tais conteúdos: “Acho que é um amor incondicional que Deus tem por nós que eu nunca havia sentido antes”, disse Erin.
A essa altura, ela tinha mais de 400 vídeos na plataforma Pornhub, e receber o acolhimento da comunidade cristã que havia se ocupado de discipula-la a levou a deletar todos os vídeos.
Agora, após se render a Cristo, Erin Brewer aconselha pais e autoridades escolares a pararem de permitir que as crianças acreditem que são do sexo oposto à sua biologia: “O tratamento deve ajudá-los a administrar e resolver esses sentimentos para que possam se sentir confortáveis com quem são sem se machucar”, finalizou o relato ao The Christian Post.