Willis é o exorcista oficial da Igreja Anglicana na diocese de York, no interior da Inglaterra. Aos 76 anos de idade, ele já testemunhou casos que ficaram sem explicação. Willis conta que seu trabalho de exorcista começou com sua curiosidade a respeito de fantasmas.
“Sempre me interessei em saber se fantasmas existem ou não. Uma vez, fui procurado por uma mulher que não sabia se estava tendo um colapso nervoso ou se vivia numa casa mal-assombrada. Descobrimos que um suicídio tinha ocorrido na casa. Rezamos. E tudo parou”, relata.
Certa vez, o religioso diz ter presenciado a saída de um espírito impuro do corpo de um dos possessos. “Quando eu estava tentando acalmar os moradores de uma casa onde coisas estranhas aconteciam, uma corrente elétrica de repente passou pelo meu corpo. Meus braços se uniram. Minha cabeça foi para trás. Meus joelhos se juntaram. Eu nunca tinha levado um choque elétrico tão forte. Em um segundo, o rapaz deu um suspiro. É como se uma energia tivesse atravessado nosso corpo e ido embora.”
O padre diz que, com base nos relatos bíblicos, não há motivo para duvidar da existência do Demônio. “Jesus dizia, fortemente, que Satã existe. Falou sobre Satã, o pai das mentiras. Pediu a seus discípulos que mantivessem o demônio distante”, argumenta. “Não há um choque entre a boa ciência e a boa religião, porque ambas procuram a verdade. Já vi psiquiatras que testemunharam assombrações. A ciência e a religião podem concordar quando há algo estranho”, defende.
O exorcista faz uma ressalva importante: a Igreja Anglicana só autoriza o exorcismo quando tem certeza de que não se trata de um problema psicológico. O padre defende o ritual com um argumento simples: diz que o exorcismo só pode fazer bem. Para ele, no fim do procedimento, os que são exorcizados se sentem livres de um peso. “Nós sentimos que as pessoas ficam tremendamente aliviadas quando elas próprias ou suas casas ficam livres da presença de algo. Depois de tudo, elas me parecem felizes”, conta o religioso.
Fonte: G1