Uma das críticas que habitualmente se fazia a artistas gospel era a falta de posicionamento diante das questões de maior relevância na sociedade brasileira, a partir da perspectiva cristã. Desde a radicalização dos movimentos de esquerda no país, no entanto, muitos têm se manifestado, embora nem sempre de forma veemente, como fez a cantora Eyshila a respeito do cenário atual.
A pandemia do coronavírus explicitou os interesses de diversos políticos Brasil afora, em sua maioria, em oposição ao presidente Jair Bolsonaro. Com seus discursos sendo ecoados pela grande mídia, em especial a TV Globo, governadores e prefeitos se comportaram de forma explícita para tirar vantagens políticas do episódio, já que 2020 é ano de eleições municipais.
Em entrevista ao portal Pleno News, a cantora pentecostal disparou contra a TV Globo e a postura de disseminação do terror em suas reportagens sobre a pandemia: “Não tenho essa cultura do medo impregnada em mim. Porque eu acredito, claro que existe um mal instalado, que é mundial, e a gente tem que encarar que existe um vírus. Mas o que a mídia, em especial a Rede Globo, está fazendo com a gente é muito cruel, [pela] maneira como ela está adoecendo as pessoas emocionalmente. Eu não aceito esses prognósticos que eles têm lançado sobre nós”, declarou.
Eyshila aproveitou para enfatizar que segue apoiando Bolsonaro: “Eu concordo com o presidente. Não é uma besteira o que está acontecendo conosco, é algo sério, e eu sinto muito por todos os que estão sofrendo e se despedindo de seus entes queridos; é terrível, é uma dor insuportável, mas a gente vai encarar isso”, comentou.
“A gente precisa viver a vida em abundância que Jesus conquistou para nós e definitivamente escolho não viver aprisionada por esse medo que estão tentando me impor. A gente está aqui em quarentena, mas eu acho que isso é uma quarentena ‘de araque’ porque existem pessoas que não têm condições de fazer quarentena. Estou vivendo também um tempo de muita indignação com essa injustiça que estão impondo a nós. Eu consigo segurar um tempo sem sair, mas temo por aqueles que não têm essa estrutura”, acrescentou.
Na sequência de seu raciocínio, a artista pentecostal avaliou que o cenário tem sido usado de maneira oportunista para atacar o mandatário que ocupa a presidência da República: “Eu acredito que a mídia quer tirar o Bolsonaro porque é a última esperança que eles têm de se manterem no monopólio. A mídia que foi comprada e os partidos de esquerda querem, de qualquer maneira, tirar o Bolsonaro e essa é a última chance que eles têm”, avaliou, fazendo referência à antiga prática de direcionar verbas publicitárias vultosas do governo para a imprensa.
“Esse é um presidente que eles podem falar o que for, que ele é grosso, que fala sem pensar, mas eles não podem chamá-lo de desonesto e de corrupto. E o Brasil precisava de um homem honesto. A gente precisava de um homem assim, que amasse mais a pátria do que o próprio bolso. Eu acredito nele, oro por ele e por sua família. Escolheu os ministros com a melhor das intenções, sem fazer negociações, sem vender cargo, e agora está pagando um preço muito alto por isso”, disse Eyshila.
A cantora também se disse honrada por ter a oportunidade de participar da live de Páscoa organizada pela escritora Íris Abravanel a partir de uma iniciativa da primeira-dama Michelle Bolsonaro: “Foi emocionante, foi lindo. Fiquei feliz de ver, pela primeira vez na história, um presidente tomar uma atitude como essa de agradecer a Deus por alguma coisa, como ele faz o tempo inteiro”.
Na perspectiva de Eyshila, Bolsonaro tem virtudes que a grande mídia não dá visibilidade: “Ele pede conselho, pede oração. Acredito que assim como o povo cristão decidiu uma eleição presidencial, tem também nas mãos um poder muito maior do que o do voto, que é o poder da oração. Todos nós teremos diversidade de opiniões, mas podemos ter pelo menos algo em comum: o desejo de que o Brasil dê certo. Acredito que Deus preparou um tempo de prosperidade para a nossa nação e quando participei daquele momento, fui com esse coração, com essa certeza de que Deus está perto de fazer algo grande e que estamos vivendo uma resistência espiritual. Quando estava ali, meu desejo mais profundo era que Deus desse a ele sabedoria, equilíbrio”, destacou.
Rodrigo Maia
Eyshila também comentou a postura do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que se colocou como um obstáculo firme contra o programa de governo do presidente Bolsonaro, em especial, nas questões envolvendo o uso de recursos para o combate ao novo coronavírus.
“Morte vai acontecer se o ‘seu Rodrigo Maia’ e todos os demais fizerem o que querem, que é tirar o Bolsonaro do poder, causar um impeachment e arrancar o presidente. Mas isso não vai acontecer, em nome de Jesus. O que eles [opositores] querem é isso para que volte a roubalheira que era antes, porque eles estão em crise de abstinência da corrupção. Eu sei como é isso porque já tive um viciado em casa, que foi liberto e hoje é uma bênção. A pessoa em abstinência vira um bicho e eles estão assim; querem se agarrar a esse coronavírus para tirar o presidente do poder e o Brasil virar um caos e eles de volta à vida de mamar nas tetas do povo. Mas isso não vai acontecer porque tem uma Igreja clamando para que o Brasil tenha uma virada”, comentou.
Ao final, a artista aproveitou para elogiar lideranças evangélicas que se mantém manifestando apoio ao presidente: “Vejo postagens, inclusive do senador Arolde [de Oliveira, PSD-RJ] e eu sei muito bem da luta que ele tem tido e como tem avisado o povo. […] Eu creio que Deus vai nos livrar. Silas [Malafaia, pastor da ADVEC] e todos os pastores que estavam na live liberaram palavras de bênção sobre a vida do presidente e eu concordo com aquela palavra de que Deus vai dar a ele [Bolsonaro] amor, poder e equilíbrio para conduzir essa nação”, finalizou Eyshila.