A Justiça da Austrália condenou uma família de missionários cristãos que se recusava a pagar seus impostos de renda e impôs uma multa de AU$ 2 milhões.
A família se recusava a pagar imposto de renda argumentando que o tributo vai “contra a vontade de Deus”. Agora, com a sentença, a multa devida ao fisco do país chega a R$ 6,17 milhões.
De acordo com informações da emissora ABC News, durante o processo a família argumentou, em sua defesa, que a sonegação seguia a “lei suprema desta terra”, criada por Deus.
Outro argumento era que o pagamento de impostos levava as pessoas a confiarem no Estado e se esquecerem de Deus, o que causava “maldições como secas e infertilidade”.
O juiz responsável pelo caso, Stephen Holt disse em sua decisão que, embora acredite que as crenças da família sejam genuínas, não há qualquer referência específica na Bíblia para sustentar o que eles argumentavam na tentativa de se livrar dos impostos e da multa.
Liberdade religiosa
A Austrália tem experimentado forte influência da ideologia progressista, mas o primeiro-ministro do país fez uma declaração surpreendente, defendendo a liberdade religiosa após um atleta de rúgbi ter sido alvo de uma campanha pública de achincalhamento por conta de suas convicções de fé.
Scott Morrison participou de uma conferência da Hillsong Church em Sydney e definiu sua vitória eleitoral como fruto da vontade de Deus, além de realizar uma oração com os membros da comunidade evangélica na ocasião.
“Não há nada mais fundamental do que a liberdade de crença, seja qual for a crença […] Há muita conversa sobre nossas liberdades como cristãos neste país e elas devem ser protegidas”, declarou o primeiro-ministro da Austrália.
Antes de concluir seu discurso, ele fez uma oração pela situação climática do país, que vem enfrentando longos períodos de seca: “Senhor, nós apenas oramos pela chuva: Que a sua chuva caia sobre esta nação. Este país precisa mais do que tudo do amor de Deus”, finalizou.