O primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, fez questão de se posicionar quanto à importância da liberdade religiosa em seu país, especialmente após a repercussão internacional da perseguição e demissão sofridas pelo jogador de rúgbi, Israel Folau.
Morrison esteve em uma conferência da Hillsong Church, na capital Sydney, onde falou sobre a sua vitória eleitoral como fruto da vontade de Deus, além de realizar uma oração com os membros da comunidade evangélica na ocasião.
“Não há nada mais fundamental do que a liberdade de crença, seja qual for a crença”, disse Morrison, explicando que fará o possível para garantir, por meio de leis, que os cristãos da Austrália não sejam impedidos de professar livremente seus valores.
“Nós vamos fazer o que devemos fazer do ponto de vista legislativo e da lei”, disse ele. “Há muita conversa sobre nossas liberdades como cristãos neste país e elas devem ser protegidas”, completou.
O primeiro-ministro da Austrália também fez uma oração pela condição climática do seu país, que vem enfrentando longos períodos de seca. “Senhor, nós apenas oramos pela chuva: Que a sua chuva caia sobre esta nação. Este país precisa mais do que tudo é do amor de Deus”, disse ele.
Lei em favor da liberdade religiosa
A expectativa de Morrison sobre a garantia da liberdade religiosa está baseada em um projeto de lei anunciada pelo Procurador-Geral da Austrália, Christian Porter, que também citou o caso do jogador Israel Folau como exemplo.
Folau foi demitido do seu time de rúgbi simplesmente porque fez postagens em sua conta no Twitter, afirmando que os homossexuais não arrependidos vão para o inferno, segundo os ensinamentos da Bíblia Sagrada.
“O projeto de lei… fornece um caminho para pessoas que acham que uma regra em seu emprego as prejudicou injustamente, ou levou à sua demissão injustamente por causa de sua religião”, disse Porter, segundo o portal The Guardian.
O primeiro-ministro frisou que a lei será o meio para “a reclamação e potencialmente reparação naquelas circunstâncias” de desrespeito à liberdade religiosa e, “portanto, percorre um longo caminho para proteger as pessoas de serem discriminadas no contexto do seu emprego”.