Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) analisou as famílias brasileiras extratificadas por religião e averiguou que as famílias evangélicas são as que mais gastam com pensões, mesadas e doações. Esse gastos são associados ao dízimo e doações dadas às igrejas, como contribuições com missões.
O estudo Perfil das Despesas no Brasil – Indicadores Selecionados, da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), foi divulgado na sexta-feira (14).
O item relacionado a doações representa 20,2% entre os evangélicos de missão, 19,2% nos de origem pentecostal e 13,3 % na categoria outros evangélicos. Nos grupos chefiados por pessoa de referencia espírita, este tipo de gasto representou apenas 7,6%, entre os católicos, 9,2% e entre os sem religião, 9,5%.
Segundo o Jornal do Brasil, a categoria habitação teve a maior participação em todos os grupos, com isso representando entre 28 % e 31 % do orçamento.
Já o grupo transporte se revelou como sendo a segunda maior participação percentual entre os grupos de despesas para as famílias outras evangélicas (17,2%), espíritas (16,2%), evangélicas de missão (16,1%) e outras religiosidades (14,9%).
O item alimentação teve a segunda maior participação entre as famílias com pessoa de referência evangélica pentecostal (17,9%), católica romana (16,2%) e sem religião e não determinada (15,6%).
No perfil geral das despesas, as famílias de espíritas gastam mais que o dobro das evangélicas pentecostais. Nas unidades familiares com pessoa de referência espírita o total da média familiar foi de R$ 4.821,66, igual a mais que o dobro das famílias com pessoa de referência evangélica pentecostal, cuja média foi de R$ 2.035,01.
Segundo o gerente da POF, Edilson Nascimento, “o grupo dos espíritas possui rendimentos maiores. São pessoas que geralmente apresentam maior nível de educação e formação”.
Esta é a segunda vez em que a POF é realizada em todo o país. A primeira pesquisa sobre orçamentos foi realizada em 2002-2003.
A Pesquisa de Orçamentos Familiares tem o objetivo de medir os gastos e os rendimentos das famílias, além de permitir traçar um perfil das condições de vida da população brasileira a partir da análise de seus orçamentos domésticos, segundo o IBGE.
Jussara Teixeira, para o Gospel+