Portadora, há anos, do transtorno de personalidade borderline, Andressa Urach, ex-modelo e ex-frequentadora da Igreja Universal do Reino de Deus, disse que negligenciou seu tratamento médico por conta dos conselhos recebidos que teriam resultado em uma “fé burra”.
Em suas redes sociais, Andressa Urach desabafou sobre sua situação e afirmou que a síndrome de borderline foi diagnosticada há anos, mas ela resistia ao tratamento por achar que poderia ser uma questão sobrenatural.
A síndrome de borderline, também conhecida pelo termo “transtorno de personalidade borderline”, causa instabilidade emocional, impulsividade e depressão. Na visão da ex-modelo, a instituição que ela costumava frequentar piorou sua condição médica.
“Durante muitos anos, resisti ao tratamento médico [do transtorno] por uma fé burra. Achava que poderia ser o demônio. Minha mãe e meu marido não aceitavam minha doença. Eu passei seis anos na igreja e tive uma decepção muito grande com eles. Foi muito difícil para mim porque eu amava [estar lá]. Sabe quando algo é sua razão de viver? Essa ruptura, esse mal que aconteceu, quase me levou à loucura”, disse, às lágrimas.
Em seguida, ela acrescentou que essa percepção “trouxe muitos problemas para o meu casamento, também por ser uma pessoa pública”.
“Sei que não sou nada, mas muitas pessoas me conhecem. Passo por muitos julgamentos. Gostaria de não sentir tudo isso. Gostaria, do fundo do meu coração, de ser uma pessoa normal”, desabafou.
Na mesma ocasião, ela aproveitou para dizer que hoje não vincula seu tratamento à sua fé: “Continuo amando Jesus e acredito em milagres, mas nem sempre eles acontecem. Algumas pessoas pedem e não recebem. Então, não é adequado não tomar medicação, não é uma fé inteligente colocar a saúde em risco”, concluiu, de acordo com informações do Yahoo!.