O feminismo no século XXI tomou contornos de intolerância, agressividade e até desonestidade intelectual, promovendo excessos como a ideia de que todo homem é um estuprador em potencial por causa de sua genitália. Mas, para uma escritora cristã, a cilada maior desse movimento é mantida em sigilo.
Rebekah Merkle produziu um artigo recentemente e chamou atenção para o “trabalho sorrateiro nos bastidores” do feminismo, que tem como propósito, tomar para si a autoria de valores e princípios que são defendidos há milênios pelo Evangelho.
O artigo, publicado no portal Desiring God, destaca logo no início que os efeitos reais do feminismo na sociedade são a degradação social e uma espécie de apartheid de gênero: “O movimento feminista tem muitas formas. Além da carnificina do aborto, eu suspeito que a realização mais infeliz é de a destruir ideia de alcançar a excelência como uma mulher”, afirmou.
Rebekah Merkle frisa que, a princípio, soa estranho que ela, uma mulher, se oponha ao feminismo, pois o discurso do movimento é a conquista de “direitos” para suas iguais. “Se você perguntar às pessoas comuns sobre os objetivos da causa feminista, eles vão dizer-lhe que estão relacionados à igualdade de direitos entre homens e mulheres, à garantia de que não sejam tratadas como inferiores ou cidadãs de segunda classe. É claro que se você colocar o feminismo dessa forma, nenhuma pessoa em sã [consciência] discordaria, certo? Mas há realmente um trabalho sorrateiro nos ‘bastidores’ disso tudo”, alertou.
De acordo com a escritora, a principal evidência de que o feminismo age com desonestidade é adotar um discurso de defesa da igualdade da mulher, sem fazer referência às origens desse conceito, que é o Evangelho, haja visto que outras religiões – como judaísmo e islamismo – o papel da mulher é diminuído e, no caso específico dos fiéis muçulmanos, é tratada com desrespeito e violência.
“A ideia de que as mulheres têm direitos iguais aos dos homens não é um conceito feminista… É uma ideia cristã. O apóstolo Paulo já havia dito isso muito antes de Elizabeth Cady Stanton ou Gloria Steinem – ícones do feminismo internacional – quando ele nos ensinou que em Cristo não há diferenças de direitos entre judeus e grego, escravos ou livres, homens ou mulheres. E ele disse isso há quase dois mil anos, antes das ativistas de direitos das mulheres surgirem com suas bandeiras”, afirmou a escritora, em referência a Gálatas 3:28.
Criticando a desonestidade intelectual do movimento – e a alienação que ele causa -, Rebekah Merkle frisou que a ideia de que o cristianismo oprime as mulheres é falsa, e deve ser combatida por todos os cristãos, uma vez que na prática, o Evangelho transforma pessoas, resgatando o que tem de melhor nelas.
“As feministas tentam roubar créditos sobre uma causa que é fruto do Evangelho, promovendo sua ideologia na cultura como fermento na massa de um pão. Precisamos parar de deixar as feministas agirem como se de alguma forma estivessem conquistando avanços pelos nossos direitos. As sociedades não convertidas nunca trataram bem as mulheres, e isso é extraordinariamente fácil de documentar. Mulheres sendo tratadas com respeito é um fruto que cresce em um tipo de árvore e essa árvore é a mensagem cruz”, conceituou.
“É claro que os cristãos acreditam que as mulheres têm direitos iguais aos homens. Esta crença não é um compromisso exclusivo das feministas ou algo que aprendemos com as feministas. Ela é realmente um dos nossos diferenciais. Nós temos diversos versículos na Bíblia que já nos comprovam essa convicção”, acrescentou, concluindo seu raciocínio.