Com a previsão de ser um dos anos eleitorais mais difíceis já disputados no Brasil, vários partidos e nomes fortes na política estão se articulando para aumentar suas chances na corrida ao poder público. Um deles é o então Deputado Federal e pastor Marco Feliciano, que resolveu deixar o Partido Social Cristão (PSC), para se filiar ao Podemos (PODE).
A filiação de Marco Feliciano ocorreu no último sábado (10) e o anúncio foi feito em sua página oficial no Facebook: “Você que me acompanha na vida política e que se sente representado por mim na Câmara Federal!
Estamos em um momento propício para mudanças, temos que unir forças para defender ainda mais a nossa família!”, diz o anúncio.
Reeleito em 2014 com 398.087 votos, sendo o terceiro Deputado mais votado em São Paulo, atrás apenas de Celso Russomano (PRB) e Tiririca (PR), Marco Feliciano não agradou muito seus seguidores com a decisão, que resolveram cobrar dele o apoio supostamente prometido ao pré-candidato à Presidência da República, Jair Messias Bolsonaro:
“Tenho muito carinho e admiração pelo Sr. Deputado Feliciano, lhe acompanho na câmara, mas como vai ficar com o Bolsonaro?”, escreveu um dos internautas na página do Deputado, enquanto outro justificou a crítica sugerindo que a decisão terminaria dividindo o voto dos evangélicos, ao invés de unir:
“Gosto muito do seu ministério, sou admirador nato. Mas não deixarei de votar em Bolsonaro, o senhor deveria continua lhe apoiando como estava fazendo antes, juntos somos mais fortes!”, frisou. “Marco Feliciano nos decepcionando, esperávamos você do lado do Jair Bolsonaro, que é quem tá dando a cara a tapa, pelos valores da família e em defesa do povo cristão”, escreveu outro eleitor.
O motivo das críticas é porque o PODE já possui o seu pré-candidato à Presidência, que é o Senador Álvaro Dias. A decisão de Feliciano, então, aparentemente deixaria de fortalecer a candidatura de Jair Bolsonaro ao cargo, apesar do pastor ainda não ter manifestado sua posição sobre o isso após a nova filiação.
Na prática, a união de Marco Feliciano com o também pastor e Deputado Ezequiel Teixeira (PODE), ambos pró-família, pode se converter em uma influência importante dentro do partido para o futuro apoio de um presidenciável durante um potencial segundo turno, se o Senador Álvaro Dias não conseguir chegar ao pleito, o que pode favorecer Jair Bolsonaro, caso a tendência das pesquisas eleitorais para o cargo se confirmem.