Cineasta vinha há anos tentando conseguir os direitos para levar a vida do líder civil aos cinemas.
O pastor protestante e ativista civil Martin Luther King Jr. ganhará cinebiografia com produção da DreamWorks, de Steven Spielberg, informou o site da revista Variety.
Por anos, o cineasta norte-americano vinha tentando conseguir autorização para filmar a obra. A demora se deve porque o líder civil registrou os direitos autorais de seus discursos, livros e obras. A produção é a primeira autorizada pelos herdeiros de King – o que dará à equipe de Spielberg o direito de usar toda a propriedade intelectual do cinebiografado, inclusive o famoso discurso “Eu tive um sonho”, proferido em ato no Lincoln Memorial, Washington D.C., em 28 de agosto de 1963. O pastor foi assassinado cinco anos depois, aos 39 anos, em Memphis.
“Estamos todos honrados da oportunidade nos dada pelos herdeiros de King para contar a história destes eventos definitivos, históricos”, disse Spielberg. “É nossa esperança de que o poder criativo do cinema e o impacto da vida do dr. King possam ser combinados para apresentar uma história de poder inegável, da qual possamos nos orgulhar.”
Dexter Scott King, filho de Martin, é CEO do patrimônio de seu pai e estava engajado em uma luta judicial contra seus irmãos Bernice King e Martin Luther King III. O alvo da dispura era a papelada da mãe, Coretta Scott King, mulher do líder civil e morta em 2006 – grande parte do material que será usado pela produtora de Spielberg vem justamente daí.
King foi a pessoa mais nova a receber o prêmio Nobel – no caso, o da Paz, em 1964, por conta de seu trabalho para dar um ponto final à segregação racial nos EUA.
Stacey Snider, sócio de Spielberg na DreamWorks, explicou por que o momento é propício a uma cinebio do ativista. “Ao tentar emplacar um projeto tão ambicioso, a questão que devemos nos fazer é: ‘Por que agora?’. A resposta está nas próprias palavras de Martin Luther King: ‘Todo progresso é precário’. (…) Nunca devemos esquecer que sua vida e seus ensinamentos continuarão a nos desafiar todo dia a se levantar contra o ódio e a desigualdade.”
Por ora, nenhum diretor ou elenco foram associados à produção, que também não tem previsão para começar as filmagens.
Fonte: Rolling Stone Brasil / Gospel+
Via: Notícias Cristãs