Os defensores do aborto estão furiosos com a notícia de que a Suprema Corte do país revogará o precedente jurídico que vem, há décadas, garantindo a interrupção de gravidezes nos Estados Unidos. Diante da iminente derrota, passaram a vandalizar igrejas.
Uma pequena congregação da Igreja Batista na cidade de Columbus, no estado de Mississippi, foi vandalizada com pichações de militantes abortistas furiosos na última semana. O diácono St. Elmore Armistad, 73 anos, ficou sem entender a motivação do ataque:
“É intrigante, sabe?” disse ele, que é diácono da Igreja Batista Missionária Mt. Avery. Ele foi o primeiro a chegar ao templo e encontrar as pichações nas laterais e na frente.
“Por que nós? Essa é a primeira coisa que me perguntei. Você ouve sobre coisas assim acontecendo em outros lugares, mas você não entende até que aconteça com você”, admitiu o diácono, sem esconder a chateação.
A congregação rural tem apenas cinco pessoas que frequentam os cultos regularmente. No domingo, estava tudo bem. Quando o diácono voltou ao templo por volta das 14h20 da segunda-feira passada, 23 de maio, viu as pichações e logo acionou o xerife.
Todas as pichações defendem o direito ao aborto: “Mantenha suas leis fora de nosso corpo”; “As meninas só querem ter direitos humanos fundamentais”, diziam algumas das mensagens dos ativistas furiosos.
Armistad disse que isso não tem nada a ver com o que acontece em sua igreja: “Nós não pregamos o aborto. Pregamos Jesus Cristo. Simplesmente não bate”, disse, segundo informações do portal local The Dispatch.
O xerife do condado de Lowndes, Eddie Hawkins, caracterizou o vandalismo como “estranho”, observando que a igreja, a leste de Columbus, perto da divisa com o Alabama, estava no meio do nada em uma estrada com pouco tráfego.
Hawkins disse que os investigadores estão procurando suspeitos sobre o vandalismo, e afirmou ainda não saber o custo do valor de reparo da igreja, pois essa informação determinará se os responsáveis serão acusados de crime ou contravenção.
“Porque lá?. Por que aquela igreja? Por que usar isso para enviar uma mensagem?”, questionou o xerife.
O diácono Armistad considera que a igreja foi escolhida especificamente porque é muito isolada: “Acho que eles nos escolheram porque sabiam que poderiam se safar. Não há ninguém por perto para ficar de olho nas coisas”.
Hawkins disse que não lembra de uma igreja sendo vandalizada assim nos últimos tempos na região: “Não consigo me lembrar de um desde que estou no cargo. Geralmente é um roubo ou algo assim, mas eles não tentaram entrar. Não houve nenhum dano além da pichação”.
Armistad disse que a congregação ainda não sabe quais passos dar daqui em diante: “Estamos tentando descobrir o que será necessário para se livrar da tinta. Está em cores diferentes, e na madeira e no tijolo também”.