Desde que a imprensa americana vazou um documento revelando que a maioria dos ministros da Suprema Corte dos Estados Unidos, já teria decidido pela derrubada de uma lei que legaliza o aborto no país, em nível federal, abortistas passaram a agir de forma radicalizada.
No Dia das Mães, por exemplo, manifestantes pró-aborto chegaram a invadir templos cristãos, a fim de intimidar os fiéis, enquanto em outra ocasião a sede do grupo pró-vida Wisconsin Family Action, em Winsconsin, foi atacada com coquetéis molotov.
Paredes do edifício também foram pichadas com frases ameaçadoras. “Se o aborto não pode ser seguro, vocês também não ficarão [seguros]”, diz um texto se referindo a quem é contra a morte deliberada de bebês no útero materno.
Julaine Appling, presidente da Wisconsin Family Action, classificou o ataque como uma reação “desenfreada e destrutiva”. O radicalismo dos abortistas se baseia na possibilidade da Suprema Corte dos EUA derrubar a lei “Roe vs Wade”, em vigência nos EUA desde 1970.
A lei obriga que todos os estados americanos criem regras para a prática do aborto, ainda que com restrições. Se revogada, porém, os estados ficarão livres para poder proibir a prática integralmente, em todas as situações, o que beneficiará os governos da direita.
O documento vazado, que já foi confirmado como autêntico, indica que 6 dos 9 ministros do Supremo já decidiram pela derrubada da lei “Roe vs Wade”, restando apenas, em tese, a oficialização da decisão.
Por causa disso, grupos abortistas resolveram pressionar até mesmo os magistrados, indo a frente das suas residências. Um dos alvos foi o juiz Samuel Alito, em Alexandria, no estado da Virgínia, responsável pela redação majoritária do documento vazado para e imprensa.
A administração do presidente Joe Biden defendeu o direito à manifestação dos abortistas, mas condenou a tática de ameaça e ataques violentos. “O presidente acredita fortemente no direito constitucional de protestar”, afirmou a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, segundo a Gazeta do Povo.
“Mas isso nunca deve incluir violência, ameaças ou vandalismo. Os juízes desempenham uma função incrivelmente importante em nossa sociedade e devem ter condições de fazer seu trabalho sem ter que se preocupar com sua segurança pessoal”, completou Jen.
Biden insinua que defende o aborto porque é “filho de Deus” e causa indignação