O governo do Iraque informou que entregará cobertores e alimentos a milhares de cristãos que fugiram de uma violenta campanha deslanchada por fundamentalistas islâmicos na cidade de Mossul, no norte do país, enquanto líderes curdos expressaram hoje solidariedade aos cristãos do país. O presidente do Iraque, Jalal Talabani, um curdo, e outros políticos se encontraram com líderes da comunidade cristã em Bagdá e prometeram proteção e respeito aos direitos civis dos cristãos iraquianos, bem como ajuda a centenas de famílias que estão em abrigos precários.
As recentes matanças de cristãos iraquianos em Mossul, cuja culpa recaiu sobre a organização terrorista Al-Qaeda no Iraque, foi deflagrada quando a minoria religiosa começou a fazer campanha para seus candidatos antes das eleições provinciais. O presidente da região semi-autônoma do Curdistão iraquiano, Massoud Barzani, afirmou que a omissão de uma cota para os cristãos nas eleições passadas foi um “grande erro” e pediu ao Parlamento a aprovação de uma lei que restaure a cota de representatividade para a comunidade cristã.
Barzani, que participou do encontro em Bagdá com Talabani e com o líder religioso cristão iraquiano, o monsenhor Shiemon Warduni, prometeu ajudar o governo nos “esforços para providenciar proteção para nossos irmãos cristãos” e “todos os tipos de assistência e proteção”. Enquanto isso, o Ministério de Migração e Deslocamento do Iraque informou que mais de 1,4 mil famílias de cristãos fugiram de Mossul para vilarejos vizinhos. A Al-Qaeda ameaçou matar todos que não se convertessem ao islamismo. Pessoas importantes da comunidade foram assassinadas nos últimos dias.
O ministro Abdul-Samad Rahman disse que a ajuda de emergência foi despachada para a região. Tropas norte-americanas fizeram incursões em Mossul para prender supostos integrantes da Al-Qaeda, que estariam por trás das ameaças e assassinatos. Quatro pessoas foram detidas ontem e hoje.
Fonte: Yahoo Notícias