Carl Lentz, que dirigia a Hillsong NYC, se envolveu em um escândalo de adultério e liderança abusiva, e agora tenta retornar às atividades ministeriais, admitindo seus erros e destacando o perdão e apoio de sua esposa, Laura.
Em novembro de 2020, o escândalo sexual envolvendo Carl Lentz e uma estilista muçulmana resultou em sua demissão da Hillsong NYC, uma das filiais da igreja de maior repercussão nos EUA.
Desde então, Carl Lentz se manifestou publicamente em raras ocasiões, e uma delas foi no aniversário da esposa, em outubro passado, quando a agradeceu por não abandona-lo e perdoa-lo.
Agora, em entrevista à emissora ABC News, Carl Lentz confirmou que ele e a esposa continuam distantes da liderança da Hillsong Church por considerarem que foram expostos de maneira excessiva no processo de disciplina.
Sobre si mesmo, o ex-pastor foi direto ao ponto: “Sou um viciado em drogas em recuperação, um viciado em sexo em recuperação? Claro”, disse, ao ser questionado pelo entrevistador por quê “não conseguiu mantê-lo nas calças”.
“Essa não foi a principal coisa que me causou problemas. Não foi uma coisa sexual. Não é como se eu estivesse procurando fazer sexo ou cometer adultério. Tive um sofrimento profundo que se manifestou de muitas maneiras diferentes”, acrescentou, afirmando que já tinha outros problemas a serem tratados e que se acumularam, desenvolvendo “vícios em geral”.
“Recebi um medicamento que usei para ajudar no TDAH durante a maior parte da minha vida adulta. Perto do final da minha estada em Nova York, comecei a abusar muito disso”, disse Lentz, explicando o abuso em drogas prescritas.
Ele afirmou que continuará amando Brian Houston, fundador da Hillsong, e sua esposa, Bobbie, mas quer distância: “Acho que a parte mais difícil disso foi que a narrativa mudou muito rapidamente, de ele ser um ‘segundo pai’ para mim, ter orgulho de mim, ser firme como um tambor, para ‘esse cara é um renegado, vagabundo, sempre fez isso’”.
Sobre as acusações de liderança abusiva, o ex-pastor se colocou à disposição para pedir perdão: “Eu não conheço essas pessoas. É difícil para mim falar sobre essas situações. Se eu sentasse e conversasse com essas pessoas e se minhas ações, se minha liderança as prejudicasse de alguma forma, adoraria me desculpar por isso”.