2020 marcará nove anos da destruição parcial de um importante templo cristão na cidade de Christchurch, na Nova Zelândia. Agora, a Catedral da Igreja de Cristo será reerguida após uma intensa discussão sobre as obras.
Um terremoto de 6,3 graus na escala Richter no dia 22 de fevereiro de 2011 deixou 185 mortos e destruiu parte do templo da Igreja Anglicana em Christchurch, a maior cidade da ilha sul da Nova Zelândia.
Na ocasião, grande parte do centro da cidade foi destruído, o que colaborou para que o número de mortos fosse tão alto. Enquanto o debate sobre o que fazer com a catedral acontecia, um templo temporário, desenhado por um arquiteto japonês e construído com papelão, foi erguido para que os fiéis pudessem congregar.
A catedral, projetada pelo arquiteto inglês Sir George Gilbert Scott, renomado projetista da era vitoriana, despertou um debate entre os neozelandeses, que se dividiram entre reconstruí-la ou demoli-la, para erguer um templo com arquitetura moderna no local.
De acordo com informações do portal The Christian Post, o templo temporário de papelão (que conta com outros materiais na estrutura – se tornou um ícone da cidade. O professor de arquitetura da Universidade de Auckland, Andrew Barrie, refere-se à igreja feita com materiais alternativos como o “edifício mais reconhecido” do país.
A verba para reconstrução da catedral histórica foi arrecadada a partir das doações de filantropos, que apoiaram a manutenção do design original. Uma das doações mais vultosas veio da Fundação Hamish Ogston, que doou cerca de US$ 2,6 milhões (aproximadamente R$ 10,6 milhões).
Em 2017, o governo e a Igreja Anglicana em Aotearoa, Nova Zelândia e Polinésia chegaram a um acordo para dividir o custo esperado de US$ 60 milhões entre eles e outros doadores. O fundo está sendo administrado pelo Projeto de Reintegração da Catedral de Christ Church.
Os principais trabalhos começam com a primeira das três fases em abril de 2020 e podem durar até 10 anos. Quando terminar, a catedral será fiel ao design de Sir George, em parte graças ao uso de materiais originais. Elementos de construção modernos também serão incorporados para fortalecer a proteção contra terremotos.