A prática de fazer doações financeiras a instituições religiosas e a líderes religiosos para adquirir um pedacinho de terreno no céu, ou adquirir o perdão dos pecados cometidos, fez parte de uma época em que a história humana ficou conhecida como “idade das trevas”. Todavia, ainda hoje vemos alguns absurdos e dessa vez foi o caso de um homem enterrado com US$ 55 mil (ou R$ 172 mil), com a intenção de “pagar” a Deus por perdão.
Aconteceu em Uganda, na África. O homem, Charles Obong, servidor público com a idade de 52 anos, morreu no dia 17 de dezembro passado. Segundo informações do site de notícias Daily Monitor, a esposa do falecido, Margaret Obong, contou que Charles havia pedido para enterrá-lo com uma grande quantia de dinheiro, para oferecer a Deus no Juízo Final.
Charles, que foi enterrado em sua casa ancestral na vila de Adag-ani, paróquia de Bar-pii, sub-condado de Aromo no distrito de Lira, acreditava que poderia “comprar” a Deus o perdão dos seus pecados. Como garantia, Charles deixou o irmão, Justin Ngole e sua irmã, Hellen Aber, como testemunhas de que o pedido em cartório seria cumprido pela esposa.
O desejo de Charles, no entanto, foi frustrado poucos dias após o enterro, quando o restante da família do falecido, o clã Okabo, decidiu em reunião exumar o corpo e retirar o dinheiro enterrado com o morto para ser utilizado na comunidade.
Contactado pela reportagem do Daily Monitor na África, o reverendo anglicano Joel Agel Awio, comentou sobre o caso: “O preço da vida eterna é o sangue de Jesus. Se quiserem que seus pecados sejam perdoados, façam quando ainda estão vivos “.