Jorge Mario Bergoglio, ou Papa Francisco para os católicos, fez uma série de comentários que repercutiu nas últimas semanas ao tratar sobre o significado de ser homossexual à luz da Bíblia Sagrada, distinguindo a prática sexual entre pessoas do mesmos sexo do crime comum.
Isso porque, segundo dados da ILGA World – Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersex, 66 países ainda consideram a prática homossexual um crime passível de punição. Em alguns, por exemplo, regidos pela religião islâmica, a condenação pode ser a pena de morte.
“Isso não está certo. Pessoas com tendências homossexuais são filhos de Deus. Deus as ama. Deus as acompanha… condenar uma pessoa assim é um pecado. Criminalizar pessoas com tendências homossexuais é uma injustiça”, disse Francisco no domingo (5).
O Papa explicou durante uma coletiva de imprensa que há uma larga diferença entre criminalizar a prática homossexual e considerá-la pecado. Líder máximo da Igreja Católica, Francisco deixou claro que o homossexualismo é, sim, pecado aos olhos de Deus, tendo em vista o ensino bíblico da união matrimonial apenas entre homem e mulher.
“Ser homossexual não é crime. Não é crime, mas é um pecado. Tudo bem, mas primeiro vamos distinguir um pecado de um crime. Também é pecado não ter caridade com o próximo”, disse ele, segundo a CNN Brasil.
Amar o próximo
Apesar de ser visto como mais favorável à comunidade LGBT+ por defender, por exemplo, direitos civis para uniões homoafetivas, Francisco assinou um decreto em 2021 reforçando a doutrina bíblica quanto ao casamento, dizendo que a Igreja Católica não pode celebrar o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo porque Deus não pode abençoar o pecado”.
Líderes evangélicos e católicos, contudo, concordam que a pessoa homossexual deve ser acolhida e amada pela Igreja, tendo em vista que o pecado da prática homossexual não é diferente de outros de natureza sexual, como o adultério e a fornicação, todos condenados por Deus.
“As pessoas de tendência homossexual são filhas de Deus e Deus os quer bem, os acompanha. Não estou falando de grupos, mas das pessoas”, disse o Papa, aparentemente se referindo ao movimento LGBT+. “Os lobbys são outra coisa e eu estou falando das pessoas. A criminalização da homossexualidade é um problema que não pode passar”, concluiu.
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