A realização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) deixou um grande saldo negativo nas contas da Arquidiocese do Rio de Janeiro, que agora está se desfazendo de um prédio no valor de R$ 46 milhões para pagar as dívidas do evento.
O arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta teria buscado alternativas junto a empresários, mas a melhor opção encontrada foi a venda do imóvel alugado à Rede D’Or de hospitais, em São Cristóvão.
O prédio em questão pertence à Casa do Pobre de Nossa Senhora de Copacabana, entidade ligada à Igreja Católica, e abrigou até os anos 1980 o Hospital São Francisco de Paula, da Ordem de São Francisco dos Mínimos.
Atualmente, o edifício abriga o Hospital Quinta D’Or, que funciona no local desde 2001, e agora deverá ser vendido para a rede que gerencia o hospital, segundo informações da Folha de S. Paulo.
O vice-presidente do Comitê Organizador da JMJ, dom Paulo Cezar Costa, disse que o negócio ainda não foi finalizado, apesar de uma escritura com promessa de venda do edifício para a Rede D’Or tenha sido assinada entre as partes há aproximadamente duas semanas. “Isso não está totalmente concretizado”, pontuou Costa.
Segundo ele, a Igreja Católica está realizando um levantamento detalhado dos imóveis que podem ser vendidos para quitar as dívidas: “Não pensamos em vender muitos imóveis, até porque nem temos muitos imóveis para vender”, ponderou dom Paulo Cesar Costa, que não tem os valores exatos da dívida: “Ainda vai levar algum tempo para chegar aos números definitivos da Jornada”.
A direção da Rede D’Or confirmou que está finalizando as negociações para a aquisição, junto à Igreja Católica, do prédio que abriga o Quinta D’Or.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+