Assim como em qualquer religião, toda tradição religiosa tem a sua doutrina, e algumas delas bem curiosas. Os membros mais devotos de cada religião, contudo, costumam enxergar como sagrado alguns costumes, o que não é diferente para os mórmons.
Os líderes mórmons, adeptos da religião mais conhecida como “Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”, escreveram um artigo dizendo que a Palavra de Sabedoria proíbe “bebidas quentes”.
Esse artigo foi publicado em uma revista da própria denominação, voltado para o público jovem, chamada “New Age”.
Foram inclusas na lista bebidas como chá verde, café e até cigarros eletrônicos. Tudo o que eles consideram viciantes, por isso classificaram como proibida qualquer bebida com o nome terminado em “ccino”, em alusão à cafeína.
A decisão de proibir bebidas com cafeína gerou discussão no seio da religião mórmon, já que vários alimentos possuem a substância em sua composição, desde refrigerantes a sobremesas.
Todavia, a liderança da religião parece ter optado por algumas concessões, com por exemplo a liberação dos refrigerantes e alimentos outros que não são bebidas quentes, segundo o Independent.
Segundo os mórmons, Deus teria especificado quais alimentos são permitidos em 1833. Desde então, para ingressar na religião é preciso aceitar a lista de restrições, a qual vem sofrendo alterações ao longo dos anos.
Não é cristianismo
Diferentemente da religião cristã, especificamente a tradição evangélica, que segue exclusivamente os ensinamentos da Bíblia Sagrada como única regra de fé e prática, sendo a Palavra revelada por Deus imutável e, portanto, suficiente para a salvação humana através de Jesus Cristo, os mórmons seguem outros ensinos.
Apesar de levar o nome de “Jesus Cristo” em seu título, a “Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias” não segue o Evangelho do Messias profetizado pelo Antigo Testamento (Bíblia hebraica) e reconhecido pelo Novo Testamento (Bíblia cristã).
Os mórmons seguem principalmente os ensinamentos contidos no Livro de Mórmon, Pérola de Grande Valor e Doutrina e Convênios, os quais não são reconhecidos pelos cristãos como livros sagrados.