A Igreja Metodista Unida, segunda maior denominação protestante dos Estados Unidos, enfrentou esta semana uma das suas piores batalhas no campo teológico, moral e político, ao rejeitar em uma votação a união de pessoas do mesmo sexo, ou “casamento homossexual”, assim como a ordenação ministerial do público LGBT.
Formada por uma fusão de denominações em 1968, a Metodista Unida conta hoje com 12,6 milhões de membros no mundo, sendo 7 milhões apenas nos Estados Unidos. Para Albert Mohler, presidente do Seminário Teológico Batista do Sul, o resultado da votação divulgado na última terça (26) é de extrema importância.
“Entenda o que aconteceu! Ontem, em St. Louis, Missouri, uma importante denominação protestante nos Estados Unidos disse ‘não’ à revolução sexual. Isso nunca aconteceu antes. Aconteceu ontem. É melhor prestar muita atenção”, disse ele.
Apesar da vitória contra o politicamente correto, essa batalha ainda está longe de ser apaziguada. Isso, porque, foram 438 votos contra a união gay e 384 favoráveis, revelando, assim, que há um número muito grande de clérigos alinhados com a agenda LGBT no seio da igreja.
O jornal The Washington Post destacou a forte pressão que a igreja vem sofrendo após o resultado da votação, indicando que essa batalha não é travada no campo da teologia, por questões bíblicas, mas sim políticas e ideológicas, motivada por pessoas que desejam moldar a doutrina cristã ao mundo atual.
“Estou profundamente triste”, disse Tim Bagwell, 64, pastor de uma Metodista Unida em Macon, Geórgia, revelando como sua preocupação está voltada para a aceitação do público e não com a doutrina cristã. “A igreja metodista sempre foi popular, alcançando as pessoas. Isso envia um tom diferente… um de exclusão, não de inclusão”.
Por outro lado, o reverendo Jerry Kulah, da Libéria, um dos 43% de líderes que vieram do exterior para votar nos EUA, disse que caso fosse aprovada a união e ordenação homossexual a Metodista Unida na África não iria resistir.
“A igreja na África deixaria de existir”, disse ele, destacando que o papel dos líderes verdadeiramente cristão é “não fazer nada além de apoiar o Plano Tradicional”, referindo-se à proposta inicial da igreja de manter sua doutrina como está, isto é, em conformidade com “o plano bíblico”, conforme informações do portal Faith Wire.