Desfilar em uma escola de samba é o objetivo de muitas modelos, mas quem já teve a oportunidade de passar por essa experiência sabe que ela não suje sem acarretar consequências. Andressa Urach e Angela Bismarchi, por exemplo, conhecem bem essa realidade e hoje testemunham como suas vidas mudaram após abandonar o carnaval.
“Me arrependo de muitas coisas. Teve um desfile de Carnaval que inventei que tinham roubado a minha fantasia, me arrependo disso porque, quando conheci a palavra de Deus, vi o quanto é horrível a mentira. O diabo é o pai da mentira e infelizmente o mundo acha que tudo bem uma mentirinha”, disse Urach.
A conversão dela ocorreu em 2015, após contrair uma infecção que lhe deixou entre a vida e a morte no final do ano anterior. Esse foi o meio pelo qual a ex-modelo teve a oportunidade de se voltar para Deus e reconhecer que a sua vida não estava no caminho certo.
“Eu debochava muito de Deus, nunca imaginei estar dentro de uma igreja. Deus sabe o quanto eu me arrependo, mas eu não posso mudar o meu passado”, disse Urach durante uma entrevista concedida em 2017.
De forma semelhante, após 17 anos da sua vida dedicados ao carnaval, Angela Bismarchi agora também reconhece que errou no passado. Convertida há quatro anos em uma Igreja Batista, a ex-sambista deseja até refazer a cerimônia do seu casamento.
“Me arrependo de tudo. De sair nua, me expus muito”, disse Bismarchi, segundo informações do UOL, indicando que deseja apagar da sua memória a união realizada no coração do carnaval carioca.
“Uma coisa que hoje eu tenho muita vontade de refazer é meu casamento na Igreja Evangélica Batista, porque eu me casei com o Wagner na Cidade do Samba [sede das oficinas das escolas de samba do Rio]. Hoje não faria jamais”, enfatiza.
“Estamos nos programando para fazer a renovação dos votos na igreja, com vestido branco e um pastor evangélico”, disse ela.
Novas criaturas
Tanto Urach como Bismarchi testemunharam como suas vida transformaram radicalmente após se converterem a Cristo, em todos os aspectos, incluindo até a libertação do uso de drogas.
“Quando você tem paz, você consegue ser uma mãe melhor, uma amiga melhor, um ser humano melhor”, disse Urach.
“O mal do século é a depressão. Antes da minha conversão, eu tinha depressão, síndrome do pânico, era viciada em cocaína, vivia em baladas bebendo, brigando. Isso não é vida. Antes eu não tinha vida, depois que me converti fui liberta disso”, destaca.
Bismarchi ressaltou como a ilusão de alegrias passageiras prendem as pessoas no carnaval, e que por isso não entendia a tristeza que sentia frequentemente, até encontrar em Jesus Cristo o pleno sentido da vida.
“Tinha alegria num dia e no dia seguinte era uma tristeza. Nunca entendi isso. Tinha algo errado. As pessoas não entendem o porquê da mudança tão radical. O Carnaval me projetou, me trouxe até dinheiro, mas larguei todo esse passado para seguir o Evangelho. Aprendi na Bíblia que não podemos servir a dois deuses”, conclui ela.