Uma tensão que durava décadas na Igreja Metodista Unida (UMC) foi derrubada durante a Conferência Geral da denominação na última quarta-feira, 01 de maio, sem debate: agora, pastores homossexuais que vivem em união LGBT não serão mais impedidos de exercer a função.
Ao longo de décadas houve debates sobre uniões entre pessoas do mesmo sexo, ordenação de homossexuais ao ministério pastoral, entre outros temas liberais. Mesmo com a posição biblicamente conservadora sendo superior nessas discussões, congregações da Metodista Unida seguiam ordenando LGBTs ao ministério e celebrando uniões homossexuais impunemente.
Em determinado ponto, concluiu-se que não haveria conciliação, e o rompimento levou à fundação em 2022 da Igreja Metodista Global (GMC), que segue teologicamente conservadora. Ao todo, mais de 7.500 igrejas romperam com a UMC, sendo que aproximadamente 4.500 se juntaram à Metodista Global.
Diante desse cenário, as igrejas que permaneceram filiadas à UMC foram as que adotam posicionamento liberal ou que não se viram convencidas de que o rompimento seria o melhor caminho para impedir o avanço desta teologia equivocada.
Assim, a regra que proibia a ordenação ao ministério pastoral de “homossexuais praticantes declarados” e vigorava desde 1984 no Livro de Disciplina da UMC foi derrubada por votação, sem debate por parte dos delegados: 692 a 51.
Em resposta à decisão tomada pela UMC, a GMC emitiu um comunicado reiterando não ter “qualquer afiliação com as suas decisões”. Para as igrejas da denominação nascente da ruptura com os metodistas, o importante nesse momento é manter o “compromisso constante com o avanço da sua missão, que envolve proclamar o Evangelho de Jesus Cristo e servir a sua comunidade de mais de 4.501 igrejas e membros congregacionais em todo o mundo”.
“Enraizada nos ensinamentos de Jesus Cristo e nas confissões históricas da fé cristã proclamadas ao longo dos últimos dois mil anos, a Igreja Metodista Global continua dedicada a defender os fortes alicerces da sua denominação”, acrescenta o comunicado, reprovando de maneira indireta a decisão tomada pela UMC, de acordo com informações do portal The Christian Post.